Quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Astrônomos confirmam um segundo asteroide troiano na órbita da Terra

Em dezembro de 2020, astrônomos encontraram um asteroide que viajava um pouco à frente da Terra, em nossa órbita ao redor do Sol, mas não tinham certeza absoluta do que se tratava. Em 2022, as suspeitas foram confirmadas: trata-se do segundo Trojan da Terra, chamado de 2020 XL5 pelos cientistas, de acordo com estudo publicado na Nature Communications.

O Trojan é uma classificação de asteroide que orbita em um dos cinco pontos de Lagrange, acompanhando a órbita de um planeta ao redor do Sol. O que esses pontos têm em comum é que são locais gravitacionalmente estáveis, onde os corpos celestes podem orbitar ao redor de “nada”. Asteroides troianos são comuns no sistema solar, especialmente na órbita de Júpiter.

No caso do 2020 XL5, o Trojan se encontra no quarto ponto de Lagrange, que fica 60 graus à frente da Terra. O outro asteroide troiano da Terra, o 2010 TK7, descoberto em 2011, também se encontra no ponto L4.

Ambos os troianos são terrestres transitórios, ou seja, não vão acompanhar a órbita da Terra por muito tempo. O 2020 XL5, que é três vezes maior que o 2010 TK7, estará “perto da Terra” pelos próximos 4 mil anos.

O novo artigo, de coautoria do astrônomo Toni Santana-Ros, da Universidade de Barcelona, na Espanha, também mostra que os  maiores telescópios terrestres podem ser apontados para baixo no horizonte para detectar coisas que antes não eram vistas. Os astrônomos aproveitaram pequenas “janelas” de tempo logo antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol, onde um dos pontos de Lagrange atinge o pico no horizonte enquanto o Sol está abaixo dele, para observar estes asteroides, quando isso se torna possível, mesmo que por curtos períodos de tempo.

2020 XL5 foi visto pela primeira vez em 12 de dezembro de 2020, pelo telescópio de pesquisa Pan-STARRS1 no Havaí. Observações preliminares sugeriram sua natureza troiana, mas evidências observacionais insuficientes e incertezas sobre a órbita do objeto dificultaram a confirmação.

A descoberta deste Trojan da Terra fez os cientistas acreditarem que “ provavelmente há mais corpos povoando L4 e provavelmente L5 do sistema Terra-Sol”.

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