Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Astrônomos podem ter encontrado novo planeta no Sistema Solar após 170 anos

Astrônomos da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, publicaram um estudo na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters, sugerindo a existência de um novo planeta no Sistema Solar. O corpo, denominado provisoriamente Planeta Y, teria tamanho semelhante ao da Terra e estaria localizado além de Netuno, na região do Cinturão de Kuiper.

A pesquisa analisou as trajetórias de 154 objetos do Cinturão de Kuiper e identificou que, a partir de cerca de 80 unidades astronômicas do Sol (aproximadamente 12 bilhões de quilômetros), essas órbitas começam a se inclinar em relação ao plano esperado. Esse desvio não pode ser explicado apenas pela influência gravitacional dos planetas conhecidos.

Simulações realizadas pelos pesquisadores indicam que um planeta com massa entre a de Mercúrio e a da Terra, com órbita distante e levemente inclinada, poderia causar esse efeito gravitacional. Esse corpo hipotético teria uma trajetória a 100 a 200 vezes a distância da Terra ao Sol, tornando-o difícil de detectar com os telescópios atuais.

Os autores destacam que essa hipótese não é a mesma do “Planeta 9”, proposta em estudos anteriores, mas um objeto distinto que influenciaria outra região do Sistema Solar. O possível Planeta Y teria uma inclinação de cerca de 15 graus e massa suficiente para “puxar” o plano dos corpos menores ao seu redor.

Desvios nas órbitas

A hipótese surgiu após a análise das trajetórias de 154 objetos do Cinturão de Kuiper, área que reúne restos de gelo e rocha formados nos primórdios do Sistema Solar.

A equipe percebeu que, a partir de cerca de 80 unidades astronômicas do Sol -aproximadamente 12 bilhões de quilômetros, as órbitas desses corpos começam a se inclinar de modo inesperado.

Essas anomalias, de acordo com os astrônomos, não podem ser explicadas pela gravidade dos planetas já conhecidos. As simulações apontam que um planeta com massa entre a de Mercúrio e a da Terra, orbitando o Sol a 100 a 200 vezes a distância da Terra, seria capaz de provocar o efeito observado.

Próximos passos

Detectar o planeta, porém, ainda é um desafio. A distância extrema e o baixo brilho tornam sua observação direta impossível com os telescópios atuais. A equipe de Princeton acredita que levantamentos astronômicos futuros, como o que será conduzido pelo Observatório Vera C. Rubin, poderão confirmar ou refutar a hipótese.

Se comprovada, a descoberta marcará um feito histórico: o primeiro novo planeta identificado no Sistema Solar desde Netuno, há mais de 170 anos.

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