Segunda-feira, 16 de junho de 2025

Ataque de Israel mata chefe de Inteligência do Irã; mortes no conflito chegam a 240

Os ataques de Israel em Teerã nesse domingo (15) mataram o chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Kazemi, e seu vice, segundo informou a agência iraniana Tasnim. O chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, já havia sido morto nos primeiros bombardeios de Israel, na sexta-feira (13), assim como o chefe das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri.

A Guarda Revolucionária é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979. Atualmente, as tropas protegem os líderes do governo e fiscalizam os protestos nas ruas, entre outras funções.

O número de mortos no conflito no Oriente Médio subiu e chegou a 224 no Irã, e 16, em Israel, após o terceiro dia consecutivo de ataques mútuos. A guerra entre os dois países entrou no quarto dia, nesse domingo.

Nova onda de ataques

Pouco antes das três da tarde pelo horário de Brasília, Israel e Irã iniciaram nova onda de ataques neste domingo. O governo iraniano lançou mais mísseis em direção às cidades de Tel Aviv e Jerusalém. As Forças de Segurança de Israel alertaram a população e atuaram para interromper o bombardeio.

Ainda assim, duas pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas com “ferimentos leves por estilhaços” depois que um míssil iraniano atingiu um prédio em Haifa, no norte de Israel, de acordo com informações dos serviços de emergência.

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse à Fox News que lançou ataques aéreos contra o Irã para evitar “um holocausto nuclear”. Segundo o premier, o governo israelense tinha informações de que o Irã possuía urânio enriquecido suficiente para nove bombas, e que seu país precisava impedir isso.

Ainda nesse domingo, duas autoridades norte-americanas disseram à Reuters que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou nos últimos dias um plano israelense para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Segundo a agência de notícias Associated Press, ataques israelenses no Irã mataram pelo menos 406 pessoas e feriram outras 654. A informação é de uma ONG sediada em Washington. O governo iraniano, no entanto, não divulgou o número total de mortos.

Já o governo de Israel informou que o número de mortos em seu território aumentou para 14.

A Organização de Energia Atômica do Irã se pronunciou, através da rede social X, que o governo do Irã segue forte e determinado em avançar com a tecnologia nuclear, segundo a organização, de forma pacífica. E acrescentou que ataques inimigos, que chamou de desesperados e fúteis, são ineficazes.

Mais cedo, Trump deu uma entrevista para a emissora ABC News dizendo que seu país pode se envolver no conflito. Nas redes sociais, ele afirmou também que Israel e Irã deveriam chegar a um acordo, e sinalizou – só que sem dar muitos detalhes – que isso poderia acontecer em breve.

A situação no oriente médio ainda é preocupante. Agências de notícias de Israel informaram que o governo prorrogou o estado de emergência no país até o final deste mês.

Líder supremo do Irã evacuado

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, foi evacuado para um bunker subterrâneo ao nordeste de Teerã, capital do país, horas depois de Israel começar seus ataques na última sexta-feira (13/6). A informação é do Iran International.

De acordo com as fontes, Khamenei está com toda a sua família no abrigo, localizado em Lavizan. O líder já teria se refugiado no mesmo bunker anteriormente: quando o Irã lançou seus ataques contra Israel, em abril de 2024, e em outubro do mesmo ano.

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