Terça-feira, 29 de abril de 2025

Até mesmo exercícios leves podem ajudar a retardar o declínio cognitivo em pessoas com risco de Alzheimer

Nova pesquisa mostra que fazer caminhadas leves, assim como outros exercícios considerados “leves”, pode ser uma ferramenta valiosa para pessoas com maior risco de desenvolver Alzheimer. O trabalho foi publicado em dois artigos na revista científica Alzheimer’s & Dementia.

“Embora ainda haja muito a aprender, essas descobertas mostram que exercícios regulares de intensidade, mesmo em baixa intensidade, podem ajudar muito os idosos a retardar ou retardar o declínio cognitivo, e esta é uma notícia promissora para aqueles com alto risco de demência”, afirma um dos autores, Aladdin Shadyab, mestre em Saúde Pública e professor associado da Faculdade de Medicina da UC San Diego, em comunicado.

Segundo especialistas, indivíduos com comprometimento cognitivo leve amnésico, uma condição caracterizada por queixas de memória e declínio da memória objetiva, correm alto risco de desenvolver demência de Alzheimer, com aproximadamente 16% das pessoas com essa condição evoluindo para Alzheimer a cada ano.

Os pesquisadores analisaram cerca de 300 idosos sedentários com comprometimento cognitivo leve. Essas pessoas realizaram os exercícios designados de 3 a 4 vezes por semana durante 1 ano.

Dessa forma, foi observado pela equipe que a função cognitiva dos participantes permaneceu estável ao longo de 12 meses nos grupos de exercícios de baixa, moderada/alta intensidade, assim como perderam menos volume cerebral (inclusive no córtex pré-frontal).

Além disso, ambas as formas de exercício foram associadas a um declínio cognitivo significativamente menor ao longo de 12 meses, quando comparadas ao sedentarismo.

“Este é um momento crucial para intervir nesta população, porque eles ainda não têm demência, mas correm um risco muito alto. Juntas, essas descobertas nos mostram que mesmo exercícios de baixa intensidade podem retardar o declínio cognitivo em idosos em risco”, aponta Shadyab.

Laura Baker, pesquisadora principal do estudo e professora de gerontologia e medicina geriátrica na Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, ressalta que este é o maior ensaio rigoroso de exercícios já realizado em adultos com comprometimento cognitivo leve.

“O exercício físico tem benefícios bem documentados para quase todos os aspectos da saúde humana, mas ainda estamos explorando todo o potencial do exercício como medicamento para idosos com problemas de memória”, conclui.

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