Ato do Movimento Invasão Zero marca os 90 dias da Vigília Olavo Salles, em Hulha Negra

Produtores rurais e líderes políticos se reuniram em um ato para marcar os 90 dias da Vigília Olavo Salles, em Hulha Negra, enfatizando o compromisso com a defesa da propriedade privada e urbana. Os produtores estão acampados no trevo de acesso ao município para evitar invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

A iniciativa foi batizada de Movimento Invasão Zero. “Estamos reagindo a uma agressão do MST, que utiliza acampamentos como estágio inicial para invasões de propriedades. Esse acampamento [às margens da BR-293] é planejado, gerenciado e carrega um viés político e ideológico evidente, exigindo uma leitura clara da sociedade. Há influência de indivíduos e políticos por trás, sendo essencial compreender as nuances dessa situação. O acampamento do MST é nitidamente influenciado por políticos de esquerda, alguns da nossa região”, ressaltou o representante da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Paulo Ricardo de Souza Dias.

O presidente da Câmara de Vereadores de Bagé, Rodrigo Ferraz, saudou os presentes, destacando a importância da unidade. “Estamos aqui defendendo não apenas a propriedade rural e urbana, mas também o modo de vida de diversas famílias. Podem contar comigo em mais quantos dias forem necessários para combater o MST e seus dirigentes”, enfatizou.

O prefeito de Bagé, Divaldo Lara, reafirmou seu compromisso em estar ao lado dos produtores. “Asseguro aos produtores rurais que não haverá invasão na área rural e urbana em Bagé”, disse, enfaticamente. O prefeito instigou outros políticos da região a se posicionarem e apoiarem esse movimento.

Em defesa da propriedade privada, os presidentes da Agricampanha, Geciel Porciúncula, e da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Geraldo Brossard de Mello, reafirmaram o apoio da classe ruralista e produtora na manutenção da vigília. “Estamos vivendo um marco na resistência, onde a vigília é o preço que pagamos para garantir a segurança”, comentou Porciúncula.

Parabenizando a força e união da categoria ruralista, a deputada estadual Adriana Lara destacou a diferença entre reforma agrária e invasão de terra, enfatizando a postura do governo federal anterior no combate a esse problema. “O encontro evidencia o apoio unificado de diversas lideranças em prol da defesa do campo, fortalecendo o compromisso com questões cruciais para o desenvolvimento da região”, lembrou Adriana.

“Nos últimos 90 dias, esse local tornou-se um exemplo de resistência não apenas para a região, mas para todo o Brasil, sendo a única resistência da sociedade civil organizada contra o estado de bandalha que o Brasil vive desde janeiro do ano passado”, declarou o deputado federal Ubiratan Sanderson.