Sábado, 26 de julho de 2025

Ato por soberania nacional reúne políticos, juristas e movimentos sociais na USP

Com slogans como “sem tirania, soberania não se negocia” e “sem anistia”, uma série de juristas e movimentos sociais e políticos se reuniu na manhã desta sexta-feira (25) na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, em ato pela defesa da soberania nacional.

Liderado pelo diretor do curso, Celso Fernandes Campilongo, o evento contou com a presença do presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, o presidente do PT, Edinho Silva, e do ex-dsputado e ex-ministro José Dirceu, entre outros.

O encontro ocorre uma semana antes da data prometida para a entrada em vigor do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Tem vários professores de direito internacional por aqui, sabem muito melhor do que eu o quanto o multilateralismo, o respeito à soberania nacional, o respeito aos princípios básicos do direito internacional, estão sendo solapados por esta situação de constrangimento, de ameaça, de abuso de poder de um lado político, mas, juntamente com este poder político, também de um poder econômico. Então, fico felicíssimo de ver esse salão nobre”, afirmou Celso Campilongo

O jurista e ex-ministro José Carlos Dias também discursou.

“Unamo-nos na defesa transigente da soberania, da nossa Constituição, da soberania dos direitos humanos, da soberania dos nossos tribunais, da soberania do povo brasileiro que exige ter respeitado seus direitos e não aceitem gerências externas. Nem gerências externas e nem dos maus brasileiros que se reúnem numa família como uma organização criminosa. Nessa família que manda um embaixador entre aspas aos Estados Unidos para representar os interesses americanos e não os interesses brasileiros”, afirmou Dias.

Sem discursar, mas presente ao evento, o ex-ministro José Dirceu disse que o Brasil poderia ajudar na negociação com os Estados Unidos, dado o nosso histórico de proximidade a pautas comerciais.

“O Brasil tem déficit na balança comercial com os Estados Unidos. Então, o pano de fundo disso é atacar a democracia e a soberania brasileira, não é a questão comercial. Porque a questão comercial, o Brasil nunca foi um país que teve, com nenhum país do mundo, nenhum grande conflito comercial. O Brasil sempre optou pela negociação cedendo, sabendo negociar. A democracia brasileira é conhecida, competente e uma democracia que sabe buscar o consenso progressivo”, afirmou.

O presidente do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva, ressalta que o Brasil não vai se render aos Estados Unidos.

“Se o debate for os nossos minérios raros, as nossas terras raras, que o Brasil tem 25% das reservas de terras raras do mundo, o Brasil também tem que negociar de forma soberana, valorizando aquilo que é nosso, as nossas riquezas. Mas, acima de tudo, que esse debate se faça de forma respeitosa. O Brasil não é um puxadinho dos Estados Unidos, o Brasil não é um quintal dos Estados Unidos”, reiterou.

(Com informações do jornal O Globo)

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