Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de abril de 2022
Foi-se o tempo em que a preocupação de quem tinha um celular roubado ou furtado era apenas a do prejuízo material do aparelho. Com o avanço dos aplicativos bancários e do número de dados disponíveis nos smartphones, o transtorno agora envolve os riscos de ter informações e senhas valiosas nas mãos dos bandidos.
De acordo com uma pesquisa realizada no ano passado pela consultoria em telecomunicações Mobile Time/Opinion Box, 35% dos brasileiros já tiveram o celular roubado ou furtado ao menos uma vez.
O alto percentual pode ser percebido através do aumento de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. Os bandidos procuram vítimas distraídas para realizarem o furto dos aparelhos com a intenção de invadir as contas bancárias, ampliando o prejuízo de quem ficou sem celular.
Se aproveitando de brechas na segurança e trocas de chips, os criminosos conseguem desbloquear senhas, acessar aplicativos de bancos, fazer empréstimos, pagar contas e realizar transferências através do Pix.
Desde que a de pagamento instantâneo do Banco Central, se popularizou no País, os roubos e furtos de celular passaram a ser seguidos de uma “corrida contra o tempo” para que a vítima bloqueie os aplicativos de banco o quanto antes.
Como medida de segurança, o BC fez uma série de mudanças no Pix em agosto do ano passado. O limite do sistema de pagamentos passou a ser de R$ 1 mil para operações entre 20h e 6h.
Mesmo assim, os criminosos se aproveitam de lugares movimentados para furtar vítimas que andam com o celular na mão até mesmo durante o dia. Os bandidos costumam andar em grupos de diversas pessoas, incluindo crianças e adolescentes.
Na avenida Paulista, uma das regiões mais movimentadas da cidade de São Paulo, em janeiro e fevereiro deste ano foram registrados sete furtos ou roubos todos os dias. Durante esse período, a Polícia Militar prendeu 77 pessoas e apreendeu cinco armas de fogo.