Domingo, 15 de junho de 2025

Avião espacial dos Estados Unidos encerra missão secreta mais longa na órbita da Terra

Um drone espacial militar dos Estados Unidos aterrissou no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, depois de permanecer quase dois anos e meio em órbita, informou a Boeing em um comunicado oficial.

A aeronave não tripulada X-37B, cujo primeiro voo ocorreu em 2010, passou, no total, mais de 10 anos no espaço, e voou mais de 1,3 bilhão de milhas durante seis missões, acrescenta a nota.

“Esta missão destaca o enfoque da Força Espacial na colaboração para a exploração espacial e a expansão do acesso de baixo custo ao espaço para nossos parceiros, dentro e fora do Departamento da Força Aérea”, disse o general Chance Saltzman, chefe de operações espaciais.

Lançado em sigilo, o X-37B foi desenvolvido para a Força Aérea pela United Launch Alliance, uma ‘joint venture’ entre a Boeing e a Lockheed Martin. O drone tem nove metros de comprimento, uma envergadura de 4,5 metros e funciona a base de painéis solares.

Esta última missão teve como objetivo testar a reação de certos materiais no espaço, avaliar a forma em que a radiação no espaço afeta uma série de sementes e transformar a radiação solar em energia radioelétrica, segundo o exército norte-americano.

Satélites, sementes e mistério…

Durante a OTV-6, o avião espacial carregava um módulo de antena fotovoltaica, desenvolvido pelo Laboratório Naval de Pesquisas dos Estados Unidos – um aparelho do tamanho de uma caixa de pizza, e que converte luz solar em energia, enviada por ondas de rádio.

Outra destas cargas é o FalconSat-8, um satélite experimental da Força Aérea dos Estados Unidos que também possui cinco cargas desconhecidas. Mas nem tudo se trata de experimentos militares – o X-37B também transportou sementes e outros materiais para submetê-los à radiação espacial.

Foguete obsoleto

Há alguns anos, a China decidiu que iria mandar astronautas para a Lua, iniciando então trabalhos intensos nesse sentido – que incluíram o desenvolvimento de um megafoguete chamado Long March 9. A inspiração dos chineses passava pelo gigantesco Space Launch System (SLS), da Nasa.

Esse grandalhão está no centro dos trabalhos da missão Artemis, criada pela agência norte-americana para levar a humanidade de volta ao tão almejado satélite natural da Terra. E assim como o SLS, o Long March 9 foi pensado com um estágio central e propulsores que seriam totalmente descartáveis.

Ou seja, para cada viagem, seria criado um novo megafoguete praticamente do zero. Procedimento que se viu “obsoleto” após a chegada de Elon Musk na parada. Ou melhor, após a chegada da SpaceX e do foguete Falcon 9, famoso por ter um primeiro estágio reutilizável. Os chineses parecem ter voltado os olhos para os desenvolvimentos da empresa norte-americana para mudar a estratégia com o Long March 9.

Nesse sentido, os engenheiros espaciais da China começaram a apresentar novos conceitos baseados em um perfil reutilizável do megafoguete. Talvez, até 100% reutilizável, como a SpaceX pretende para o poderoso Starship. Se tiver sucesso nessa empreitada, os chineses poderão deixar o SLS da Nasa comendo poeira.

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