Sexta-feira, 04 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de dezembro de 2023
O Banco Central dos Estados Unidos manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (13), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão do Federal Reserve (Fed) foi unânime. A decisão já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última reunião, em novembro. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.
O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que os aumentos dos juros podem ter chegado ao fim.
“Embora acreditemos que nossa taxa de juros esteja no pico do ciclo de aperto monetário ou perto dele, a economia surpreendeu analistas”, disse.
Ao publicar a decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) informou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica do país “desacelerou em relação ao ritmo forte registrado no terceiro trimestre”.
A afirmação representa uma atualização frente ao último comunicado, em novembro, quando o colegiado destacou o avanço do ritmo da atividade econômica. Entre julho e setembro, o PIB norte-americano subiu a uma taxa anual de 4,9%, o maior crescimento desde 2021.
Outra mudança está no trecho em que o Fomc menciona a inflação. O colegiado reafirmou que a taxa segue elevada nos Estados Unidos, mas, dessa vez, reconheceu que “a inflação diminuiu no último ano”.
Reflexos dos juros
Os juros ainda em níveis elevados nos EUA aumentam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) e devem continuar a refletir nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de uma melhor remuneração.
No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros.