Terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Banco Central entrega ao Tribunal de Contas da União explicações sobre a liquidação do banco Master

O Banco Central apresentou nesta segunda-feira (29) esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre supostos indícios de uma liquidação considerada “precipitada” do Banco Master pela autoridade monetária.

O prazo para o envio das informações termina nesta segunda e foi estabelecido pelo ministro Jonathan de Jesus, relator do caso no TCU.

Além dos esclarecimentos, o Banco Central avalia a adoção de uma nova medida relacionada à acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o diretor do BC Ailton de Aquino Santos.

No sábado (28), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um recurso apresentado pelo Banco Central. A autoridade monetária pedia acesso às informações que embasaram a decisão pela realização da acareação.

O caso é analisado tanto no âmbito do TCU quanto no STF e envolve questionamentos sobre a condução do processo de liquidação do Banco Master e eventuais divergências técnicas entre dirigentes da instituição financeira e do Banco Central.

Técnicos seguiram questionando o motivo de Ailton de Aquino ter sido convocado para a acareação. Se o diretor vai dar suporte técnico nas investigações, ele não deveria participar de uma acareação entre Vorcaro e Paulo Henrique Costa.

O temor de técnicos do BC é que possa haver alguma tentativa, uma armadilha processual, de acabar envolvendo o diretor de Fiscalização ou outros diretores do banco. Ailton de Aquino, da Fiscalização, por obrigação, buscava soluções para a crise do banco. Como nenhuma deu certo, como novos aportes, troca de diretoria e venda, a sua diretoria propôs a liquidação do banco.

São perguntas que são feitas pelos técnicos e trazem o temor de o Banco Central, responsável por verificar tecnicamente a situação financeira de bancos, ser envolvido numa investigação que ele começou e nela descobriu fraudes bancárias grotescas.

As investigações começaram em 2024 na Justiça Federal. A Polícia Federal listou uma série de operações suspeitas entre o Master e o BRB, que é um banco público.

Segundo a investigação, o Banco Master não tinha fundos suficientes para honrar os títulos que emitiu com o vencimento no ano de 2025. Comprou, então, créditos sem realizar qualquer pagamento de uma empresa chamada Tirreno. E, em seguida, vendeu esses mesmos créditos ao BRB, Banco de Brasília, que pagou cerca de R$ 12 bilhões pelo negócio.

O BC rejeitou a compra do Master pelo BRB. E, em novembro, decretou a liquidação do Master, entre outros motivos, pela falta de dinheiro em caixa para honrar compromissos.

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O Banco Central apresentou nesta segunda-feira (29) esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre supostos indícios de uma liquidação considerada “precipitada” do Banco Master pela autoridade monetária.

O prazo para o envio das informações termina nesta segunda e foi estabelecido pelo ministro Jonathan de Jesus, relator do caso no TCU.

Além dos esclarecimentos, o Banco Central avalia a adoção de uma nova medida relacionada à acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o diretor do BC Ailton de Aquino Santos.

No sábado (28), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um recurso apresentado pelo Banco Central. A autoridade monetária pedia acesso às informações que embasaram a decisão pela realização da acareação.

O caso é analisado tanto no âmbito do TCU quanto no STF e envolve questionamentos sobre a condução do processo de liquidação do Banco Master e eventuais divergências técnicas entre dirigentes da instituição financeira e do Banco Central.

Técnicos seguiram questionando o motivo de Ailton de Aquino ter sido convocado para a acareação. Se o diretor vai dar suporte técnico nas investigações, ele não deveria participar de uma acareação entre Vorcaro e Paulo Henrique Costa.

O temor de técnicos do BC é que possa haver alguma tentativa, uma armadilha processual, de acabar envolvendo o diretor de Fiscalização ou outros diretores do banco. Ailton de Aquino, da Fiscalização, por obrigação, buscava soluções para a crise do banco. Como nenhuma deu certo, como novos aportes, troca de diretoria e venda, a sua diretoria propôs a liquidação do banco.

São perguntas que são feitas pelos técnicos e trazem o temor de o Banco Central, responsável por verificar tecnicamente a situação financeira de bancos, ser envolvido numa investigação que ele começou e nela descobriu fraudes bancárias grotescas.

As investigações começaram em 2024 na Justiça Federal. A Polícia Federal listou uma série de operações suspeitas entre o Master e o BRB, que é um banco público.

Segundo a investigação, o Banco Master não tinha fundos suficientes para honrar os títulos que emitiu com o vencimento no ano de 2025. Comprou, então, créditos sem realizar qualquer pagamento de uma empresa chamada Tirreno. E, em seguida, vendeu esses mesmos créditos ao BRB, Banco de Brasília, que pagou cerca de R$ 12 bilhões pelo negócio.

O BC rejeitou a compra do Master pelo BRB. E, em novembro, decretou a liquidação do Master, entre outros motivos, pela falta de dinheiro em caixa para honrar compromissos.

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