Domingo, 05 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de fevereiro de 2024
O Banco Central mudou a periodicidade de suas reuniões com economistas para uma base mensal, com grupos menores e encontros mais distribuídos ao longo do trimestre, mas informou que a iniciativa segue voltada a colher subsídios para a elaboração do seu Relatório Trimestral de Inflação, em que a autoridade monetária detalha seus cenários e projeções para a inflação e o crescimento da economia.
Segundo o BC, o objetivo da mudança é reduzir o intervalo entre as reuniões, que são fechadas à imprensa, permitindo assim captar o sentimento e as projeções dos analistas em diferentes momentos do trimestre e abranger mais temas relevantes. O modelo antigo fazia com que economistas se concentrassem em “preocupações mais imediatas”, de acordo com a autoridade monetária.
“Com esse novo arranjo, distribuídas ao longo do trimestre e com grupos menores, os participantes têm mais tempo para falar e expor de forma mais aprofundada suas análises e projeções, resultando em subsídios mais tempestivos e mais profundos para a condução da política monetária e para a elaboração do Relatório de Inflação”, informa a nota Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC.
Os principais temas tratados nas reuniões são nível de atividade, inflação e setor externo. Podem participar dos encontros economistas que contribuam ativamente para o relatório Focus do BC – que compila projeções do mercado para indicadores econômicos – e que tenham respondido a pelo menos um questionário pré-Copom no trimestre anterior ao da reunião.
“Esse novo formato, além de conseguir abranger mais temas relevantes pelo próprio espaçamento das reuniões no trimestre, passa a oferecer mais tempo para os economistas, agora distribuídos em mais grupos com menos participantes, se aprofundarem em suas análises e projeções”, informou o BC em nota.
Os economistas que participam da reunião, na qual debatem atividade, inflação e setor externo, são os que representam instituições financeiras, entidades de classe ou consultorias que tenham projeções ativas no relatório Focus e que responderam a pelo menos um questionário pré-Copom enviado no trimestre anterior ao das reuniões.
Na segunda, os diretores Diogo Abry Guillen (Política Econômica) e Renato Dias de Brito Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução) participaram de duas reuniões com economistas no prédio do Banco Central, no Rio de Janeiro.