Domingo, 26 de janeiro de 2025

Bancos com juros mais altos no cartão de crédito

O Banco Central passou a divulgar novos dados sobre os juros cobrados no cartão de crédito. Em uma nova tabela, a autoridade tenta indicar, individualmente, quais bancos cobram maiores juros e quais estão obedecendo o novo limite de 100% da dívida original.

O critério foi a participação da instituição financeira no mercado de crédito nas modalidades cartão de crédito rotativo e parcelado. A amostra de 15 empresas inclui as maiores, representando por volta de 80% desse mercado.

Em outro dado, divulgado semanalmente, o BC já indicava a taxa média de juros cobrada por cada banco. Agora, o indicador é diferente. Ele mostra a distribuição de frequência da proporção dos juros cobrados pelas instituições em relação ao valor original da dívida, divididas em quatro percentis.

A tabela mostra que, das operações do banco XYZ, em 25% (percentil 25) das transações os montantes de juros são iguais ou inferiores a 10% dos valores originais das dívidas; em 50% (percentil 50) das operações, os juros são iguais ou inferiores a 20% dos valores originais; em 75% (percentil 75), iguais ou inferiores a 27% dos valores originais; e em 99% (percentil 99), iguais ou inferiores a 29% dos valores originais das dívidas.

Por essa tabela, o Bmg é o que tem mais clientes pagando juros mais altos. No banco, 28,77% das operações pagam juros iguais ou superiores a 29% da dívida original. Na sequência aparecem BV (24,97%), CSF (24,14%), C6 (23,60%) e Pan (22,70%).

Ao mesmo tempo, o Bmg também é um dos bancos que tem a maior fatia de clientes pagando menos juros (ou seja, está concentrado nos extremos das amostras). São 12,65% das operações om juros iguais ou superiores a 10% do valor original da dívida. Essa tabela é liderada pela Realize, com 16,96%. Depois do Bmg, no segundo lugar, em terceiro está Santander (4,56%), seguido de LuizaCred (4,42%) e Itaú (4,27%).

Queda

De acordo com dados publicados pelo Banco Central, os juros do rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas caíram de 442,1% para 415,3% ao ano. Esse resultado foi um menor nível da série histórica, iniciada em 2011.

Isso ocorreu com o início da medida que limitou as taxas a 100% ao ano, aprovada em dezembro de 2023 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A queda de 16,8 pontos percentuais levou os juros rotativos ao menor patamar desde dezembro de 2022, quando era de 411,9% ao ano.

As novas regras do rotativo entraram em vigor no início de janeiro deste ano. Isso ocorreu devido à média da taxa de juros no Brasil, que foi de 52,4%, no primeiro mês de 2024, caindo 1,8 ponto percentual em relação a dezembro e 4,5 pontos percentuais em 12 meses.

Segundo o Banco Central, as taxas do crédito pessoal recuaram 4 pontos percentuais no mês (de 94,1% para 90,1%).

Além disso, os juros médios do parcelamento do cartão de crédito caíram de 169,9%, em dezembro de 2023, para 187,8% em janeiro de 2024.

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