Terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Bancos públicos fecham cerco em defesa do Banco Central no caso do Banco Master

Os bancos públicos e de fomento fecharam o círculo das instituições financeiras que saíram em defesa do Banco Central (BC) no episódio da liquidação do banco Master. Nessa segunda-feira (29), a ABDE (Associação Brasileira de Desenvolvimento) divulga um manifesto pela preservação da autoridade técnica e do pleno e autônomo exercício das funções do BC.

Febraban (Federação Brasileira de Bancos), ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), entre outras que, em maioria, representam instituições privadas, já se manifestaram em apoio ao regulador.

“A credibilidade e autonomia decisória do regulador é essencial para a continuidade das atividades do setor bancário, para a proteção dos agentes econômicos, especialmente pessoas físicas mais vulneráveis a cenários de incerteza”, diz a ABDE.

“A preservação do mérito técnico, impessoal e baseado nos princípios que regem as boas práticas de gestão nas decisões de órgãos reguladores é resultado de décadas de amadurecimento institucional, sendo fundamental para garantia da credibilidade e higidez do setor bancário, o que tem dado contribuição inequívoca ao crescimento econômico e institucional do país.”

O BC passou a ser questionado na liquidação do Master e terá de participar de uma acareação convocada pelo ministro do STF Dias Toffoli nesta terça-feira (30).

A audiência deve contar com o diretor de fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos, o dono do Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa.

O objetivo de Toffoli é confrontar versões sobre a atuação do regulador diante dos indícios de fraudes na operação frustrada pelo BC de venda do Master para o banco brasiliense.

Os advogados de Vorcaro moveram uma ação na Justiça Federal de Brasília questionando o processo de liquidação do BC e o ministro Toffoli avocou (chamou para si) o caso.

Esse processo tramita em meio a especulações sobre supostas falhas do regulador, que se estenderam desde a gestão de Roberto Campos Neto, na supervisão de emissão de títulos de renda fixa do Master.

Os CDBS (Certificados de Depósitos Bancários), núcleo da insolvência do banco de Vorcaro, prometiam rendimentos acima de 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). No mercado, o mais comum é encontrar esses títulos com remuneração inferior a 100% do CDI. (Com informações do colunista Júlio Wiziack, do portal de notícias UOL)

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