Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de março de 2022
A Dissidência Cacofônica, banda porto-alegrense que mistura chamamés, swings, grooves, rocks e MPBs, apresenta seu primeiro EP para o grande público. Intitulado “Encontro Translúcido Criativo Ébrio Musical”, o trabalho tem como inspiração o encontro de três amigos que vivem da arte e têm ganas de sobreviver em meio a uma pandemia. Na sexta, dia 25, a banda se apresenta no I Love CB, na Rua da República, 695, em Porto Alegre, a partir das 21h.
Letras que estavam guardadas no inconsciente, um reencontro deles com eles mesmos. Dom Agujero Sujo (Ed Lannes), El KBZA (Marcello Kallango) e lo Pequeno Tatu Grande Nariz de Bruja (Thiago Coelho) são uns do vários Dissidentes que todos os dias pelo mundo afora levam sua música, suas histórias e seu cantar, muitas vezes em situações de alegria, tristeza, de amor, ou de protesto, mas o mais importante é levar e elevar suas canções até o mais longínquo canto desse universo musical e maravilhoso.
A Dissidência Cacofônica se apresenta com uma estrutura genuína de instrumentos com três vozes, bombo leguero, saxofone e violão de nylon tocando tanto na rua quanto nos palcos com canções que falam do cotidiano atual, suas vivências nas ruas, nos palcos, bares, feiras, festivais e de seus trabalhos paralelos.
O EP vai contar com cinco canções autorais, todas compostas e gravadas no primeiro “Encontro Translúcido Criativo Ébrio Musical”, elas são uma mistura de todas suas referências. A primeira canção chamada “Ce Vê” é um jovem chamamé, na sequência vem “Não me tire”, uma mistura dos anos 70 com os dias atuais, em “Você que sabe”, a angústia do artista em meio a pandemia é evidente, em “30 pés” é o suingue que manda. Finalizando com a “Contigo”, música de amor que lembra o bom da MPB. Um EP recheado de novidades, com muita translucidez criativa ébria musical.
As letras falam sobre a vivência da banda, sua caminhada, histórias, inspirações, convivência, os protestos, a psicodelia dessa vida tão cinza onde a arte colore, vibra e abrange as pessoas. De acordo com Ed Lannes o que inspira é a vontade de viver, o amor, a família, a cultura, pelos artistas que os inspiram. Fazer com que a música seja diversa, repleta e harmônica.
O contexto é de contestar o que está errado. “Não somos um trio fechado, queremos abranger o máximo de pessoas com a simplicidade e a genialidade. Mostrar nossa dignidade, respeito, amor e cuidado com os outros é o que nos move”, destaca Ed Lannes.