Sábado, 13 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de dezembro de 2025
O primeiro boletim do Programa Balneabilidade da temporada 2025/2026 apontou que 11 locais são considerados impróprios para banho no Rio Grande do Sul. O levantamento, realizado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), foi divulgado nesta sexta-feira (12).
O resultado aponta que os 33 pontos avaliados no Litoral Norte estão aptos para banho. Nos demais 63 locais de coleta — que abrangem o Litoral Sul, o Litoral Médio e os balneários do interior —, 52 apresentam condições favoráveis e 11 são considerados impróprios.
Locais impróprios para banho:
Município – Balneário/Praia
1. Barra do Ribeiro – Praia da Picada – Lago Guaíba
2. Nova Palma – Balneário Atílio Aléssio – Rio Soturno
3 – Pelotas – Santo Antônio – Rua Bagé
4 – Pelotas – Totó
5 – Pelotas – Valverde – Av. Sen. Joaquim A. Assumpção
6 – Pelotas – Santo Antônio – Rua São José do Norte
7 – Pelotas – Valverde – Trapiche
8 – Piratini – Balneário Municipal Klérfim Cardoso – Rio Piratini
9 – Santa Maria – Balneário Passo do Verde – Rio Vacacaí
10 – Santiago – Balneário Distrito de Ernesto Alves – Rio Jaguarizinho
11 – Tapes – Balneário Rebelo
O Programa Balneabilidade monitora 96 pontos de praias e balneários de 45 municípios do Estado, três a mais em relação ao ano passado. Passaram a receber coleta e análise das águas a Lagoa Rondinha, município de Balneário Pinhal; Parque Náutico, município de Capão da Canoa; e Balneário Klérfim Cardoso, município de Piratini.
A divulgação dos resultados será sempre às sextas-feiras, no site e nas redes sociais da Fepam e nas placas fixadas em praias e balneários nos locais de divulgação. Os boletins serão divulgados ao longo de 12 semanas, até 27 de fevereiro.
Os dados do primeiro boletim, divulgado nesta sexta-feira, são referentes aos resultados das cinco primeiras semanas de análises, que tiveram início em 10 e 11 de novembro. No Litoral Norte e Médio, entre Palmares do Sul (Quintão) e Torres, são 34 pontos de água salgada monitorados.
As coletas de amostras na região são feitas semanalmente pela Gerência Regional do Litoral Norte Fepam (Gerlit)/Balcão Sema. O material é enviado para análise microbiológica na Divisão de Laboratórios (Dilab) da Fepam, em Porto Alegre.
Já o monitoramento dos demais pontos contemplados pelo programa, que inclui águas internas (lagoas) e outras regiões, como Litoral Médio e Sul, é realizado com apoio da Corsan e do Sanep.
Classificação das Águas
Para a classificação das águas como própria ou imprópria, utilizam-se parâmetros de Escherichia coli (E.coli), observando os critérios definidos pelas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 274/2000 e 357/2005.
Nos balneários de Pelotas e Tapes, na Lagoa do Peixoto, em Osório, na praia da Barrinha, em São Lourenço do Sul, na praia da Picada, em Barra do Ribeiro, e em Arambaré, também são monitoradas as cianobactérias.
O resultado de cada boletim está condicionado a cinco semanas anteriores de monitoramento. Se, ao longo desse período, duas ou mais amostras do conjunto apresentarem resultado superior a 800 para E.coli ou, ainda, se a amostra mais recente das cinco avaliadas apresentar resultado maior que 2.000 para E.coli, o ponto será classificado como impróprio. O mesmo ocorre se a contagem de cianobactérias extrapolar 50.000 células.
Recomendações aos banhistas
Conforme o primeiro boletim, as análises realizadas na praia do Cassino indicaram qualidade sanitária adequada para banho.
Recomenda-se atenção, pois, embora a água seja considerada segura, o trecho com acúmulo de lodo (Rua Buenos Aires, Rua do Riacho e Rua Farroupilha) apresenta riscos, como dificuldade de locomoção e atolamento, o que torna o local não recomendado para banho.
Por esse motivo, a Sema de Rio Grande orienta que os banhistas busquem outras áreas da orla para um banho mais seguro, já que a praia oferece muitos trechos livres de lodo.
* Entrar na água apenas em local com condição própria para banho.
* Evitar tomar banho nas primeiras 24 horas após chuvas intensas, em saídas de córregos ou rios que afluem nas praias, pois as águas podem estar contaminadas por esgoto doméstico.
* Não tomar banho em locais com concentração de algas, pois podem conter toxinas prejudiciais à saúde.