Sábado, 25 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de março de 2024
A partir do dia 15 de março, o boleto bancário ganhará mais agilidade em seu processamento. Parte dos boletos terá sua liquidação, ou seja, o beneficiário receberá o valor, no mesmo dia do pagamento, informa a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Outra parte continuará sendo liquidada no próximo dia útil ao pagamento.
Se o cliente pagar o boleto até até às 16h30, o credor poderá receber o dinheiro ainda no mesmo dia, a depender do seu contrato com a sua instituição financeira. Caso o pagamento seja realizado após esse horário, a liquidação ocorrerá no dia seguinte. A novidade engloba 136 bancos e será obrigatória.
A Febraban destaca que nada muda para quem paga o boleto, apenas para quem recebe o valor do pagamento. “A mudança trará mais agilidade para o cobrador, e irá beneficiar muito o comércio. No caso do e-commerce, por exemplo, vemos também vantagens para os compradores, que poderão ter o processo de entrega de mercadorias feito com mais rapidez”, avalia Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, em nota publicada no site da instituição.
Apesar do Pix ser o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros atualmente, o boleto ainda é muito comum. No ano passado, 4,2 bilhões de boletos foram transacionados no total de R$ 5,8 trilhões em pagamentos, segundo a Febraban.
Com a mudança, a estimativa é que cerca de 57% dos boletos possam ser processados no mesmo dia, enquanto 43% seriam em até um dia útil, diz Walter Faria. A ideia é expandir a mudança no futuro para todos os documentos. “Assim que a modernização estiver implantada, funcionando sem nenhuma ocorrência técnica, a ideia é iniciar os estudos para trazer toda a liquidação de boletos para o prazo D+0 [no mesmo dia do pagamento]”, diz Faria.
Pix
Os brasileiros realizaram em 2023 quase 42 bilhões de transações por Pix, o que representa um crescimento de 75%, em relação ao ano anterior. Os dados sobre meios de pagamento são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseados em levantamentos divulgados pelo Banco Central (BC) e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).
Desta forma, o Pix é confirmado como o meio de pagamento mais popular do Brasil.
Se considerado somente o número de transações do Pix, elas superaram todas as de cartões de crédito e débito, boleto, Transferência Eletrônica Disponível (TED), Documento de Crédito (DOC), cheques e TEC no Brasil, que, juntas, somaram quase 39,4 bilhões de operações.
O levantamento mostra que a população tem usado a ferramenta de pagamentos instantâneos para transações de menor valor. No ano passado, o valor médio do Pix ficou em R$ 420.