Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de julho de 2025
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deve ter sua pré-candidatura à Presidência da República lançada em um evento de seu partido, o Novo, em agosto. O anúncio do evento foi comunicado pelo partido. O ato ocorrerá em São Paulo, em 16 de agosto.
“Em 2018, Zema era um desconhecido. Mesmo assim, conquistou os mineiros, venceu as eleições e tirou Minas do abismo em que o PT havia deixado o estado. Ele tem totais condições de fazer o mesmo pelo Brasil”, disse o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, em nota à imprensa.
Empresário do setor varejista, Zema foi eleito governador de Minas em 2018 e reeleito em 2022, ainda no primeiro turno.
O comunicado do Novo também registra que, na última segunda-feira (14), Zema se reuniu com Jair Bolsonaro (PL), ocasião em que comunicou ao ex-presidente sua intenção de se lançar à Presidência da República.
“Bolsonaro recebeu a notícia de forma positiva e incentivou a pré-candidatura, destacando a importância de haver mais nomes da direita no primeiro turno”, destaca a nota.
Inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro tem reiterado que segue como pré-candidato para voltar à Presidência em 2026. O ex-mandatário busca reverter sua situação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os governadores à direita, Zema se junta ao governante de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que lançou sua pré-candidatura para 2026 em um evento em abril, na Bahia.
Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul, também manifesta interesse em concorrer a presidente, assim como seu correligionário e governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
Problema
Zema afirmou em entrevista ao programa Papo com Editor, do Estadão/Broadcast, que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criou um “problema” para a direita brasileira ao articular com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a imposição de tarifas de 50% sobre produtos nacionais importados, em uma tentativa de evitar a prisão do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Um erro não justifica o outro”, declarou, sobre o impacto da medida e “o fôlego” que ela deu à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas eleitorais.
Segundo Zema, houve um erro por parte de Lula ao criticar o presidente americano abertamente na cúpula dos Brics no dia 7 de julho e se aliar a países com posturas “antiamericanas”, como o Irã. No entanto, o governador acredita que a medida adotada pelo presidente dos EUA foi severa e penaliza diversas empresas, tanto brasileiras como americanas. Para ele, Trump deveria ter retaliado apenas o governo Lula e não o Brasil. (Com informações da CNN Brasil e de O Estado de S. Paulo)