Sábado, 13 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de dezembro de 2025
Após o governo Donald Trump retirar o ministro Alexandre de Moraes da lista dos sancionados pela Lei Magnitsky, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro se voltaram contra o presidente norte-americano. A decisão dos EUA também incluiu a remoção da advogada Viviane Barci, esposa do magistrado, e do Instituo Lex, empresa mantida pelo casal. Nas rede sociais, deputados e influenciadores ligados a Bolsonaro reagiram com críticas a Trump.
“Quem nasce para Trump jamais será Reagan”, disse o jornalista Rodrigo Constantino na rede social X.
Na mesma plataforma, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) também criticou e disse que Trump só queria negociar.
“A lei Magnitsky foi banalizada por Trump. Não existe ‘ex-violador de direitos humanos’. Infelizmente colocamos esperanças em alguém que só queria negociar. Uma grande decepção com o Presidente americano e uma enorme lição para nós: não terceirizemos nossa responsabilidade”, reclamou.
O senador Jorge Seif Junior (PL-SC) seguiu linha semelhante. “Não existe amizade nem diplomacia entre países. Existem interesses econômicos. “As sanções começaram a cair quando pesquisas mostraram queda na popularidade de Trump e itens básicos da mesa do americano (café, suco de laranja e carne) dispararam de preço. Agora, minerais estratégicos, terras raras e pragmatismo geopolítico falam mais alto”, disse ele, completando:
“Ou Moraes virou um pacifista e guerreiro dos direitos humanos? Será que o Brasil virou exemplo de democracia pujante? Ou houve perdão dos presos políticos de 08/01?”Moral da história: o Brasil só se resolve por dentro, com mais senadores firmes e um novo presidente”.
O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) foi outro a reclamar. “O presente de Natal do governo dos EUA para o Brasil foi devolver o país à força política mais bem organizada daqui: corruptos e corruptores”, acusou.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) foi em linha diferente, agradecendo ao governo americano. “Obrigado, @realDonaldTrump, a guerra pra tirar a SUPREMA ESQUERDA do poder no Brasil será nossa, dos brasileiros, mas obrigado por toda ajuda!”, disse.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atuou junto ao governo americano para a imposição de sanções ao Brasil e a Moraes, lamentou a decisão.
“Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo dos EUA. Agradecemos o apoio demonstrado pelo presidente Trump ao longo deste processo e a atenção que dedicou à grave crise de liberdades que afeta o Brasil”, escreveu Eduardo, em nota publicada no X.
Em novembro, o STF tornou Eduardo Bolsonaro réu por coação no curso do processo, por articular sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras, na tentativa de influenciar o julgamento de seu pai. Ele nega ter cometido qualquer crime. (Com informações de O Estado de S. Paulo)