Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 18 de julho de 2025
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou nesta sexta-feira (18) que vai manter o recesso parlamentar até o dia 4 de agosto, mesmo após pedidos da oposição ao governo Lula de cancelamento das férias dos parlamentares.
“O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, reitera que o recesso parlamentar de julho está mantido, conforme amplamente e previamente anunciado. Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões”, afirmou Alcolumbre em comunicado.
Senadores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, disseram em uma coletiva nesta sexta que iriam pedir ao presidente do Senado o fim do recesso parlamentar.
A coletiva foi convocada após Bolsonaro ser alvo de uma operação da Policia Federal. Para o ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente confessou de forma “consciente e voluntária” uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira e que agiu com o filho Eduardo para “interferir no curso de processos judiciais”.
“Na segunda-feira (21) será feito o pedido conjunto, unindo todas as lideranças dos outros partidos que não puderam nesta sexta-feira, primeiro dia do recesso, estarem presentes. Será feito um manifesto e encaminhado para que volte às funções o Congresso Nacional”, disse o líder do PL, Carlos Portinho.
Apesar da fala do parlamentar de oposição, Alcolumbre afirmou, em nota, que as atividades do Legislativo só serão retomadas no dia 4 de agosto.
Constitucionalmente, o recesso inicia em 18 de agosto, caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja analisada pelos congressistas – o que não aconteceu.
Mesmo assim, Alcolumbre decidiu por uma realização informal do intervalo para férias de deputados e senadores, o que já ocorreu diversas vezes na história do Parlamento brasileiro.
Motta mantém recesso na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), informou nesta sexta-feira (18) que o recesso parlamentar de julho está mantido.
Segundo o presidente, “não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões” neste período e uma série de intervenções serão realizadas pela Câmara para modernizar e qualificar os espaços da Câmara dos Deputados. As ações previstas incluem:
“As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas e funcionamento regular das comissões, conforme calendário definido”, disse Motta em nota.
O líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), encaminhou nesta sexta um ofício a Hugo Motta solicitando a suspensão do recesso.
A medida foi motivada por decisões monocráticas do ministro Alexandre de Moraes, como a que retomou parte do decreto do IOF e as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sóstenes defende a retomada imediata dos trabalhos para tratar de projetos que tratam sobre:
Limitação de decisões monocráticas no STF;
Fim do foro privilegiado;
Lei de anistia;
Instalação da CPI do Abuso de Autoridade.