Sexta-feira, 06 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de junho de 2025
Com a anuência de Jair Bolsonaro, o PL vai testar mais dois nomes do partido em cenários para a disputa presidencial de 2026: Eduardo Bolsonaro e o senador e ex-ministro Rogério Marinho.
Eduardo, nas duas últimas semanas, assumiu que quer ser candidato — claro que se o pai não puder concorrer, como ele ressalva.
Depoimento
Em depoimento à Polícia Federal (PF) nessa quinta-feira (5), o ex-presidente disse que as ações de Eduardo são “independentes e realizadas por conta própria”.
Bolsonaro depôs no inquérito que apura a conduta de Eduardo nos Estados Unidos, suspeito de agir contra autoridades brasileiras. O parlamentar está no país deste abril deste ano.
Ele havia sido questionado se as ações do filho teriam a finalidade de beneficiar sua situação jurídica, além de influenciar nas investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro é réu em uma ação que julga a tentativa de instauração de um golpe de Estado após as eleições de 2022, quando saiu derrotado.
Em entrevista à CNN Brasil, Eduardo chegou a afirmar que esperava que o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do caso, fosse sancionado pelo governo norte-americano.
O parlamentar mencionou uma “pena de morte financeira”, sem a possibilidade de que o sancionado consiga realizar uma transação internacional ou abrir uma conta, por exemplo, de acordo com seu entendimento dos parâmetros norte-americanos.
“Só para que vocês entendam, o motivo da sanção é a violação da Lei Magnitsky. A Lei Magnitsky é a lei que fala dos direitos humanos e prevê os mecanismos de resposta aos violadores”, disse Eduardo, adicionado que as sanções são postas pelo Tesouro americano.
O depoimento de Bolsonaro teve início às 15h e durou cerca de duas horas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) entende que o ex-presidente é o “responsável financeiro” do filho nos EUA.
Ainda à PF, o ex-chefe do Executivo disse ter enviado R$ 2 milhões para que o filho se mantivesse. Segundo ele, o dinheiro surgiu de uma campanha de doações via Pix de 2023, quando teria arrecadado cerca de R$ 17 milhões.
Segundo a defesa de Bolsonaro, ele foi ouvido inicialmente na condição de testemunha. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo e da CNN Brasil)