Sexta-feira, 29 de março de 2024

Bolsonaro define que será candidato à reeleição pelo Partido Liberal

Em conversa telefônica nesta segunda (8), o presidente Jair Bolsonaro confirmou ao presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, a decisão de se filiar ao partido para disputar a reeleição em 2022. Antes de decidir pelo PL, Bolsonaro também conversou com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado do PP.

Para Costa Neto, Bolsonaro disse que Ciro Nogueira entendeu os argumentos para a filiação ao PL. Antes, havia negociação para Bolsonaro se filiar com seu grupo político ao PP.

Pesou favoravelmente ao PL a maior liberdade para escolha de candidatos majoritários nos Estados, especialmente para aqueles que devem disputar uma vaga de senador. No PP, havia resistência à filiação de Bolsonaro em alguns Estados do Nordeste, como Bahia, Pernambuco e Paraíba.

Pela negociação em curso, o PP deve escolher o candidato a vice na chapa de Bolsonaro. E o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terá apoio para disputar a reeleição para o comando da Casa.

A expectativa é que cerca de 15 deputados federais bolsonaristas acompanhem o presidente da República. Atualmente, esses deputados estão filiados ao antigo PSL – que se fundiu com o DEM para criar o União Brasil.

Há dois anos sem partido, Bolsonaro faz um movimento de casamento definitivo com o Centrão. A intenção é construir um palanque em 2022 que inclua também o Republicanos.

Amor e ódio

Em 2018, durante a campanha eleitoral, um vídeo do hoje ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, viralizou nas redes sociais.

O material foi gravado durante a convenção do PSL que oficializou Bolsonaro como candidato da sigla e mostra o general cantando uma paródia da música “Reunião de Bacana (Se Gritar Pega Ladrão)”, de Bezerra da Silva. “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”, cantou Heleno, em referência à aliança do ex-governador de São Paulo e também candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB), com partidos desse bloco.

Quando oficializou sua candidatura à Presidência, em 22 de julho de 2018, Bolsonaro disse que o Centro era “o que há de pior no Brasil”.

Um outro vídeo que circula na internet mostra o senador Flávio Bolsonaro (Patriota), filho do presidente, no que parece ser um evento partidário. Ao se dirigir a uma plateia, ele questiona se aquele grupo se manterá ao lado do seu pai “quando o pau comer pra valer” ou se “vão se deixar seduzir por discursos do Centrão”.

Em maio de 2020, em vídeo até aquele momento inédito da campanha de Bolsonaro à presidência, ele criticava duramente o Centrão. “O segredo para administrar bem o Brasil é botar as pessoas certas nos ministérios certos (…) por isso não integramos o Centrão”, afirmava o militar.

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