Terça-feira, 08 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de setembro de 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o atentado à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Questionado sobre o episódio, disse “lamentar” o fato, mas que “mandou uma notinha”. Também afirmou que “já tem gente querendo colocar o caso na conta dele” e relembrou a facada sofrida por ele durante a campanha presidencial em 2018.
“Mandei uma notinha, eu lamento. Agora, quando eu levei a facada teve gente que vibrou por aí. Lamento, já tem gente querendo botar na minha conta, já esse problema. E o agressor ali, ainda bem que não sabia mexer com arma. Se soubesse, teria sucesso”, disse.
O vice-presidente da República e candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (PRTB), repudiou o ataque sofrido pela vice-presidente Cristina Kirchner. Ele pontuou que “qualquer episódio de violência é péssimo”. No entanto, Mourão disse acreditar que a tentativa de assassinato tenha a ver com questões internas da Argentina e não tenha relação com o Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil se pronunciou oficialmente sobre o caso. A publicação condena o ataque sofrido por Cristina e oferece respaldo à Argentina. “O governo brasileiro condena o injustificável ato de agressão contra a vice-presidente da República Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ocorrido na noite de 1º de setembro, em Buenos Aires. O Brasil repudia toda e qualquer forma de violência com motivação política e reitera seu invariável respaldo à irmã nação Argentina”.
Candidatos à Presidência no Brasil se solidarizaram com Cristina, após ela sofrer uma tentativa de assassinato. Aliado histórico da vice-presidente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou sobre o assunto pouco tempo depois do atentado. Lula escreveu que ela foi vítima de um “fascista criminoso”.
“Que o autor sofra todas as consequências legais. Essa violência e ódio político que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas”.
O também presidenciável Ciro Gomes (PDT) disse que, por pouco, não houve “chuva de sangue”. O candidato disse que uma “nuvem de ódio se espalha pelo nosso continente” e demonstrou sua solidariedade “a esta mulher guerreira”.
“Para nós, fica a lição de onde pode chegar o radicalismo cego, e como polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos. Ainda há tempo de salvar o Brasil de uma grande tragédia gerada pelo ódio. Paz!”, escreveu.
A candidata do MDB, Simone Tebet, disse que “é preciso dar um basta a tudo isso”.
“Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições.”