Quinta-feira, 17 de julho de 2025

Bolsonaro diz que Michelle e Carlos vão concorrer ao Senado em 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quinta-feira (17) que haja plano atual para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) concorrer à Presidência em 2026.

Questionado por jornalistas em entrevista no Senado sobre a possibilidade de a mulher ou de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se candidatarem no lugar dele no próximo ano, Bolsonaro afirmou que “essa conjugação aí não está na minha cabeça”.

“O que está acertado até agora é que ela é candidata ao Senado, a senhora Michele Bolsonaro, pelo Distrito Federal”, disse o ex-presidente, que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.

Segundo a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta, para 62% dos entrevistados, o ex-presidente deveria abrir mão e apoiar outro candidato nas eleições do próximo ano. Em entrevista nesta semana, Bolsonaro se recusou a elencar um nome para substituí-lo no pleito de 2026 e afirmou que vai registrar sua candidatura na Justiça Eleitoral.

Bolsonaro também voltou a colocar Carlos Bolsonaro (PL) como candidato ao Senado por Santa Catarina, afirmando que o filho está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto no Estado, onde ele próprio obteve 69,27% dos votos válidos no segundo turno nas eleições de 2022.

Carlos é vereador do Rio de Janeiro há 24 anos e pode ser a primeira vez a se candidatar a um cargo fora do Estado. O irmão mais novo, Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), também fez a rota migratória e foi eleito o vereador mais votado em Balneário Camboriú, no litoral Estado.

Setores da economia catarinenses, como a indústria no Estado, já deram sinais de que não vão dar suporte à candidatura. Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) afirmou que não precisa “importar” políticos de outros Estados e que o candidato ao Senado deve estar ligado aos interesses catarinenses.

Carlos também, à sua maneira, tem feito acenos ao eleitor do Estado. No começo de julho, o vereador postou um vídeo em seu gabinete, no Rio, em que um grande mapa de Santa Catarina aparece em uma das paredes. O vereador apontou para diplomas de tiro e comentou que os cursos ocorreram no Estado catarinense.

No dia anterior, Carlos postou uma foto com a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), parlamentar do núcleo duro bolsonarista na Câmara.

Pix e negociação

O ex-presidente disse que o Pix é criação dele, especulou que a investigação comercial aberta contra o Brasil tenha a ver com o impacto financeiro causado pelo sistema de pagamento e se colocou à disposição para conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para conter o conflito tarifário entre os dois países.

“Antes do Pix, você tinha um cartão. Os bancos perderam comigo, com o Pix mais Ted (Transferência Eletrônica Disponível) e Doc (Documento de Ordem de Crédito), mais de R$ 20 bilhões. E eu não taxei o Pix”, afirmou. “O Pix tem nome: Jair Bolsonaro.”

No entanto, embora tenha sido lançado em novembro de 2020, portanto, na atual gestão, o Pix começou a ser pensado no governo de Michel Temer (MDB), em 2018. Inclusive, quando foi abordado por apoiador sobre o modelo de pagamento pela primeira vez em 2020, Bolsonaro demonstrou desconhecimento, acreditando que o termo Pix se tratava de algo relacionado à aviação civil.

Na convicção do ex-presidente, ele teria condições de barrar essa investigação e as tarifas de 50% impostas ao Brasil. “Acho que teria sucesso uma audiência com presidente Trump. Estou à disposição”, disse. “Se me der um passaporte, negocio.”

O ex-presidente teve o documento retido em fevereiro de 2024, em operação da Polícia Federal na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

(Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

 

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