Terça-feira, 05 de agosto de 2025

Bolsonaro é o quarto ex-presidente preso desde a redemocratização do País

Com a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), Jair Bolsonaro se tornou o quarto ex-presidente da República a ser preso desde a redemocratização do País, há 40 anos, e o primeiro a responder a uma ação na Justiça por tentativa de golpe de Estado.

Além de Bolsonaro, já foram presos o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-presidentes Michel Temer e Fernando Collor de Mello, que em diferentes contextos responderam a ações relativas à corrupção. Todos foram detidos em momentos em que não ocupavam a Presidência.

A exemplo de Bolsonaro, Collor também está em prisão domiciliar. Assim, dos oito presidentes do País desde a redemocratização, dois estão presos e um morreu (Itamar Franco). José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer e Dilma Rousseff estão livres. A petista mora atualmente na China, onde ocupa o cargo de presidente do Banco do Brics.

Bolsonaro é réu na ação penal sobre a suposta trama golpista, na qual responde por cinco crimes, entre os quais tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele foi preso por descumprir medidas cautelares que haviam sido aplicadas na investigação que apura uma suposta articulação junto aos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras em troca de anistia aos supostos golpistas. Na decisão, Moraes considera que Bolsonaro usou, por meio de terceiros, as redes sociais, o que estava vedado.

Lula

Hoje presidente, Lula foi preso em abril de 2018 no âmbito da Operação Lava-Jato, logo após o STF negar, por 6 votos a 5, um habeas corpus preventivo solicitado pela sua defesa.

O então ex-presidente já havia sido condenado pelo então juiz Sérgio Moro e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá (SP).

Lula se entregou à Polícia Federal e permaneceu preso por 580 dias, até novembro de 2019, quando o STF alterou o entendimento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Dois anos depois, a Corte anulou as condenações do petista.

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