Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 24 de abril de 2023
Após a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro fazer uma publicação em que mostrava uma embalagem personalizada de um leite condensado recebido pelo marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a empresa Nestlé – responsável por um produto parecido com o da postagem – afirmou que não foi a autora da personalização da embalagem, que foi presenteado ao ex-presidente.
Na postagem, Michelle explicou que o político recebeu um café da manhã de boas-vindas dos seus vizinhos do Condomínio Solar de Brasília.
Dentre as cestas de café da manhã que ela mostrou ter ganhado e recebido em casa, além de flores, bolos e presentes, a ex-primeira dama postou uma foto de latas de leite condensado com rótulos semelhantes aos do tradicional Leite Moça, da Nestlé. Na embalagem personalizada do produto, aparecia o rosto de Bolsonaro e a escrita: “Nosso eterno presidente desde 2019”.
A publicação foi compartilhada no último domingo (23), nas redes sociais de Michelle. Segundo ela, as latas de leite condensado estavam entre os presentes que o casal recebeu na manhã deste domingo dos vizinhos.
Em nota, a Nestlé destacou que não fez a personalização do produto. “A Nestlé esclarece que não realizou ação de personalização e envio das latas de Leite Moça. A embalagem original e a identidade visual do produto foram usadas de forma indevida por terceiros”, afirmou a empresa.
Gastos em 2020
O governo de Jair Bolsonaro gastou mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos em 2020. Um dos itens que mais chamou a atenção foi o gasto de mais de R$ 15 milhões com leite condensado.Um dos pratos preferidos do presidente é comer o produto com pão. As informações foram divulgadas em janeiro de 2021.
À época foi revelado também que o Executivo federal gastou mais de R$ 2,2 milhões com chicletes, R$ 32,7 milhões com pizza e refrigerante e R$ 6 milhões com frutos do mar. O órgão que teve mais gastos em 2020 foi o Ministério da Defesa, que gastou R$ 632 milhões com alimentos, incluindo mais de R$ 2 milhões só com vinhos.
Na ocasião, o Ministério da Economia esclareceu que o ministério liderava os gastos porque costumava alimentar “tropas das forças armadas em serviço”, mas disse que as despesas estavam “dentro do orçamento”.