Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de dezembro de 2025
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) reforçou nesta quarta-feira (3) o pedido para que um médico fisioterapeuta possa visitar, de forma recorrente, o ex-presidente na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília.
De acordo com o documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), Bolsonaro manteve uma rotina de atendimentos fisioterapêuticos semanais, indicada para que ele pudesse preservar sua “capacidade funcional mínima” diante de um frágil estado de saúde.
A defesa argumenta que a prática da fisioterapia foi recomendação do seu médico cirurgião e busca impedir um agravamento clínico das crises gastrointestinais e respiratórias do ex-presidente. Os advogados alegam que a fisioterapia contribuía para a diminuição da frequência e intensidade dos episódios de soluço e vômito, favorecia a mobilidade do diafragma, prevenia complicações pulmonares e mantinha um certo condicionamento físico.
“A interrupção abrupta do tratamento fisioterapêutico, resultante da negativa de ingresso do profissional que acompanhava o Peticionário, pode gerar prejuízos imediatos e significativos à sua saúde, rompendo protocolo clínico já estabilizado e aumentando o risco de complicações respiratórias, gastrointestinais e funcionais”, diz o documento protocolado.
A defesa do ex-presidente pediu na segunda-feira (1º) a autorização judicial para que mais dois profissionais da saúde, um médico cardiologista e um fisioterapeuta, tenham acesso para prestar atendimento a Bolsonaro. No dia seguinte, o ministro liberou apenas o cardiologista.
O ministro argumentou que a entrada de um fisioterapeuta precisa de uma indicação médica específica. Se for o caso, deverá pedir autorização ao STF e agendar a terapia conforme as regras da PF. A petição da defesa nesta quarta-feira pede justamente a reconsideração dessa decisão.
O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 22 de novembro. Ele cumpre a pena de 27 anos e três meses por liderar tentativa de golpe de Estado.