Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de abril de 2023
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai depor à PF (Polícia Federal) sobre os atos extremistas do dia 8 de janeiro em Brasília na próxima quarta-feira (26), às 9h. Será a segunda vez que Bolsonaro presta depoimento, que é parte dos inquéritos que apuram a depredação dos Três Poderes, para a PF.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendendo o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), Bolsonaro passou a ser investigado formalmente na categoria de instigadores do 8 de janeiro.
Ao tomar a decisão, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu prazo de 10 dias para a PF ouvir o ex-presidente.
Na avaliação de investigadores, uma postagem feita por ele no dia 11 de janeiro o ligaria aos atos de vandalismo. O ex-presidente, na ocasião, compartilhou um post que, sem provas, colocava em dúvida o sistema eleitoral.
A mensagem foi avaliada como um sinal de que ele pode ter estimulado os atos de invasão dos prédios dos Três Poderes da República.
A PGR pediu o depoimento de Bolsonaro quando o ex-presidente ainda estava nos Estados Unidos, onde ficou por 3 meses depois de sair do governo. Com a volta dele do exterior no dia 30 de março, Moraes mandou marcar a audiência.
A PGR apresentou mais de 1.300 denúncias separadas nas categorias de instigadores, executores, financiadores e agentes públicos que omitiram ou facilitaram a invasão das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
O STF começou, na madrugada de terça-feira (18), o julgamento de 100 envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro – 50 executores e 50 instigadores, grupo em que Bolsonaro se enquadra. O ex-presidente deve ir acompanhando de um trio de sua defesa, os advogados Paulo Bueno, Marcelo Bessa e Fabio Wajngarten.
Joias
Bolsonaro já compareceu, neste mês, à sede da Polícia Federal em Brasília (DF) para prestar depoimento, mas em outro inquérito, que apura a suposta prática de crime pelo ex-presidente no caso das joias milionárias que recebeu de presente do governo da Arábia Saudita.
Na ocasião, Bolsonaro afirmou que ficou sabendo da existência das joias sauditas milionárias em dezembro de 2022, mais de um ano após elas terem chegado ao País. O ex-presidente disse ainda que não se lembrava de quem o avisou da apreensão das joias pela Receita Federal.