Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de maio de 2025
Em 2025, o Brasil ocupa a 63ª posição no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, divulgado nesta sexta-feira (2) pela ONG (organização não governamental) RSF (Repórteres Sem Fronteiras). No ano passado, o País estava no 82º lugar e, em 2023, na 92ª posição.
A Noruega, a Estônia e os Países Baixos estão no topo do ranking. O levantamento define liberdade de imprensa como “a possibilidade efetiva de jornalistas, como indivíduos e como coletivos, selecionarem, produzirem e divulgarem informações de interesse público, independentemente de ingerências políticas, econômicas, legais e sociais, e sem ameaça à sua segurança física e mental”.
Apesar da melhora do Brasil, seis em cada dez países caíram no ranking. Pela primeira vez na história do levantamento, as condições para o jornalismo são consideradas “ruins” em metade dos países e “satisfatórias” em menos de um em cada quatro.
A pontuação média de todos os países avaliados ficou abaixo de 55 pontos, o que qualifica a situação da liberdade de imprensa no mundo como “difícil”. Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, o ranking é um índice que mede as condições para o livre exercício do jornalismo em 180 países.
O índice tem cinco indicadores: político, social, econômico, marco legal e segurança. Com base na pontuação de cada um, é definido o desempenho geral por país. O indicador econômico foi o que mais pesou em 2025. O que significa falar em concentração da propriedade dos meios de comunicação, pressão de anunciantes ou financiadores, ausência, restrição ou atribuição opaca de auxílios públicos.
Segundo a RSF, os meios de comunicação estão divididos entre a garantia da própria independência e a luta pela sobrevivência econômica.
“Garantir um espaço de meios de comunicação pluralistas, livres e independentes exige condições financeiras estáveis e transparentes. Sem independência econômica, não há imprensa livre. Quando um meio de comunicação está economicamente enfraquecido, ele é arrastado pela corrida por audiência, em detrimento da qualidade, e pode se tornar presa fácil de oligarcas ou de tomadores de decisão pública que o exploram”, disse a diretora editorial do RSF, Anne Bocandé.
“A independência financeira é uma condição vital para assegurar uma informação livre, confiável e voltada para o interesse público”, prosseguiu.