Domingo, 26 de janeiro de 2025

Brasil perde liderança das Eliminatórias pela primeira vez após 27 rodadas

O empate por 1 a 1 com a Venezuela, fez a seleção brasileira perder a liderança das Eliminatórias da Copa pela primeira vez depois de 27 rodadas. A última vez que o Brasil não foi líder foi após a 9ª rodada das Eliminatórias para a Copa de 2018, na Rússia. Na ocasião, em 2016, o treinador brasileiro ainda era Dunga.

Na rodada seguinte, Tite estreou no comando da seleção, em uma partida justamente contra a Venezuela, e tirou a liderança do Uruguai. Para a Copa de 2022, o Brasil assumiu a liderança na 1ª rodada e não perdeu mais até o fim da competição.

Quem passou o Brasil foi a Argentina, que na quinta-feira derrotou o Paraguai por 1 a 0, no Monumental de Núñez. Os argentinos têm nove pontos, com três vitórias em três partidas. Na próxima rodada, na terça-feira (17), eles enfrentam o Peru, em Lima.

Já a seleção brasileira caiu para a segunda posição com o empate. O time de Fernando Diniz continua invicto, mas com duas vitórias e um empate, e soma sete pontos. Também na terça, a seleção enfrenta o Uruguai, no Estádio Centenário. Logo atrás do Brasil vem a Colômbia com cinco pontos. Uruguai, Chile e Venezuela tem quatro pontos cada.

Análise

O fim dos 100% de aproveitamento da seleção brasileira sob o comando do técnico Fernando Diniz veio atrelado a uma atuação que dá passos atrás no que a equipe apresentou do primeiro para o terceiro jogo. Na Arena Pantanal, em Cuiabá, o Brasil cedeu o empate à Venezuela, sexta colocada nas Eliminatórias da Copa de 2026.

Em uma partida em que teve domínio, mas não qualidade para finalizar as jogadas, o gol do zagueiro Gabriel Magalhães em bola parada foi muito pouco para o volume ofensivo, pois faltou precisão. Bello, no segundo tempo, marcou um golaço para os venezuelanos e interrompeu a sequência positiva brasileira no terceiro jogo da competição: 1 a 1.

Em três jogos, a seleção já sofreu dois gols em seus domínios. O mesmo que em todos os dois ciclos sob o comando do técnico Tite, mostrando que o desequilíbrio ofensivo é o problema mais grave.

Depois de sofrer para vencer o Peru por 1 a 0 na última data Fifa, o Brasil se mostrou ineficiente e até certo ponto relaxado diante da Venezuela, e foi punido com uma reação do adversário no fim.

A partida marcou o retorno do atacante Vini Jr às convocações após se recuperar de uma lesão muscular de gravidade moderada. Mesmo bem no Real Madrid, o jovem não teve uma atuação destacada no time de Diniz e acabou substituído.

Neymar foi novamente o maestro da seleção e, além da assistência, esteve presente na criação das principais jogadas. Mas cansou e passou a se jogar em várias situações.

Coletivamente, o Brasil esteve longe de encantar. Segue em evolução gradativa do novo trabalho, mas a oscilação é uma preocupação para Diniz e para a CBF, que o colocou como interino.

O Brasil teve vários jogadores mal tecnicamente. Richarlison por mais uma vez não teve bom desempenho e deu lugar a Gabriel Jesus no segundo tempo, mas o nível não melhorou. Diniz também deu chance ao jovem lateral Yan Couto, novato na lista, e que por sua vez agradou.

Na lateral-esquerda, Guilherme Arana ocupou a vaga de Renan Lodi, machucado, e também jogou bem. A lista de observações na seleção foi completada com a oportunidade dada a Gerson e André no meio-campo, mas a dupla do futebol carioca também não conseguiu produzir o suficiente para a vitória.

Diante da dificuldade de penetrar na defesa adversária, Diniz aproveitou a mobilidade de Rodrygo e posicionou o atacante próximo a Vini e Neymar. Com isso, Danilo avançava como um ponta.

A postura ofensiva do lateral não bastou para o Brasil abrir o placar antes do intervalo. Depois do gol marcado no começo do segundo tempo, a situação até clareou.

Com mais espaço, o Brasil fez um jogo mais vertical, em que Vini Jr apareceu melhor. A entrada de Gabriel Jesus também potencializou as oportunidades. E a seleção por pouco não ampliou com Rodrygo em contragolpe. Mesmo assim, as tomada de decisão muitas vezes eram equivocadas.

A Venezuela tentou igualar o placar com mais ofensividade a partir da entrada de Soteldo. O jogo entre ataque e defesa do primeiro tempo se transformou em uma maior trocação. E evidenciou um problema defensivo quando o Brasil é atacado.

André ocupou a linha defensiva para fazer a transição quando o Brasil tinha a bola e mesmo assim não adiantou muito. O problema era conseguir soluções no terço final do campo. Sem Neymar inspirado e já desgastado, nenhum outro jogador conseguiu colocar os atacantes em situação de gol.

 

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