Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 4 de março de 2023
O Brasil encerrou o ano de 2022 como a 12ª economia do mundo em valores correntes, segundo projeções compiladas pela Austin Rating. Em 2021, o país havia caído para a 13ª colocação, prejudicado, em grande parte, pela forte perda de valor do real frente ao dólar naquele ano.
O País está praticamente empatado com o PIB do Irã, que ficou em 11º e foi beneficiado pela alta no preço do petróleo. A estimativa é que os dois países respondam, cada um, por cerca de 2% do PIB global no ano. Completam a lista México, Coreia do Sul e Austrália.
O cálculo se baseia no valor corrente do produto interno bruto (PIB), divulgado na quinta-feira (2), pelo IBGE, e as projeções do Fundo Monetário Internacional para as 15 principais economias globais. Em 2022, o Brasil cresceu 2,9%, com valor corrente em moeda local chegando a R$ 9,9 trilhões.
A lista das maiores economias do mundo continua sendo liderada pelos Estados Unidos, com um PIB de US$ 25 trilhões e que representa, sozinho, cerca de 25% de toda a riqueza do mundo. É seguido pela China, com US$ 18,3 trilhões e 18% do PIB global.
O Brasil, que, em seu melhor momento, chegou a ser a sexta maior economia global em 2011, foi perdendo posições após a dura recessão doméstica que viveu em 2015 e 2016, e foi em 2020, com a crise gerada pela pandemia, que deixou de fazer parte do grupo das 10 economias mais ricas do mundo.
No meio
Alex Agostini, da Austin Rating, aponta que o Brasil voltou a ocupar seu lugar tradicional no “meio” do ranking, como já vem acontecendo em trimestres anteriores. “O Brasil cresce mais ou menos como países desenvolvidos, entre 2% e 2,5% ao ano”, diz Agostini.
É previsto que países emergentes cresçam em média na casa dos 4% nos próximos anos, enquanto economias já avançadas crescem menos. Mas o Brasil deve seguir com ritmo de crescimento menor, embora ainda seja uma economia emergente: entre 2023 e 2027, a projeção média do FMI é que o Brasil cresça 1,6% ao ano, patamar similar ao dos EUA e de economias europeias.
Lideram a lista do maior crescimento médio projetado a Índia (6,5% ao ano até 2027) e as Filipinas (5,8% ao ano).
Ainda assim, para 2023, apesar de crescimento menor do PIB do que os 2,9% vistos em 2022, o Brasil deve pular para 10ª economia do mundo segundo as projeções até agora, em meio à desaceleração das demais economias globais com a alta nos juros.
Trimestre
Na comparação entre as variações das economias no último trimestre, o Brasil ficou na 34ª posição dentre 47 economias listadas pela Austin. Lideram essa lista Filipinas e Islândia.
Embora tenha crescido 2,9% no ano, o PIB brasileiro teve retração de 0,2% no quarto trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior, com a desaceleração de serviços, queda na indústria e crescimento ainda fraco do agro.
Já na variação anual, com a alta registrada de 2,9% no PIB, o Brasil ficou na 28ª posição dentre as economias que mais cresceram em 2022. Lideram esse ranking a Arábia Saudita e a Colômbia.