Quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Brasileiros são condenados a 13 anos de prisão por tribunal russo instalado na Ucrânia

Dois brasileiros foram condenados na Ucrânia, nesta quinta-feira (11), a 13 anos de prisão por um tribunal instalado pela Rússia na região de Donetsk, que está parcialmente dominada pelas tropas russas.

As sentenças foram anunciadas pelo Supremo Tribunal da República Popular de Donetsk. A corte não é reconhecida internacionalmente, tampouco a República de Donetsk, que é uma região no Leste ucraniano.

Segundo o tribunal, os brasileiros Orley Menkato, de 32 anos, e Federico Mendes, de 23, foram condenados por conta da sua contribuição com o Exército ucraniano na guerra contra a Rússia.

A condenação de Orley foi divulgada pela agência de notícias estatal russa Tass, que o chamou de “mercenário”. A Tass afirmou, com base em informações divulgadas pela corte, que Orley entrou na Ucrânia pela Polônia, assinou contrato com o governo ucraniano e integrou o Exército do país após treinamento militar.

Os brasileiros teriam recebido de R$ 117 mil a R$ 131 mil por ajudar no combate às tropas russas entre 2023 e agosto de 2025. O local em que Orley e Federico ficarão presos não foi divulgado.

A Ucrânia recruta estrangeiros para lutar na guerra contra a Rússia para suprir defasagens no seu contingente militar. O recrutamento de brasileiros se intensificou a partir de 2024 com campanhas pelas redes sociais que prometem boa compensação financeira. Desde então, famílias brasileiras passaram a relatar perda de contato com parentes no front de batalha ucraniano, com alguns deles tendo a morte confirmada.

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