Quarta-feira, 01 de outubro de 2025

Brasileiros são detidos após o governo de Israel interceptar flotilha com ajuda humanitária a Gaza

A Marinha israelense deu início nesta quarta-feira (1º) a interceptação da flotilha Global Sumud Flotilla , que tentava “romper o bloqueio a Gaza” e fornecer “ajuda humanitária” ao enclave. Ao todo três brasileiros foram detidos e estão incomunicáveis.

Três militantes do Psol estavam em dois dos 44 barcos que se aproximava do território palestino: a vereadora de Campinas Mariana Conti, a presidente do partido no Rio Grande do Sul Gabi Tolotti e o educador da Rede Emancipa Nicolas Calabrese. A delegação brasileira conta com 15 pessoas.

A ação ocorre após “manobras de intimidação”, segundo os organizadores, por “navios militares israelenses” perto da Grécia, e ataques com drones em duas ocasiões anteriores, durante a escala na Tunísia, no dia 9 de setembro.

Depois de zarpar de Barcelona no início de setembro, a missão, que se define como “pacífica e não violenta”, contava com mais de 40 barcos e cerca de 500 pessoas de 40 países, entre elas parlamentares europeus, advogados e a ativista climática sueca Greta Thunberg. Às 2h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira, a flotilha havia informado que estava no Mediterrâneo, ao norte da costa do Egito e a 220 quilômetros de Gaza.

“Forças navais israelenses interceptaram e abordaram ilegalmente o navio Sirius, da Flotilha Global Sumud, juntamente com outros barcos em águas internacionais”, afirmaram os organizadores em uma publicação na conta oficial da flotilha no Instagram. O comunicado informava que as comunicações dos barcos, incluindo transmissões ao vivo, haviam sido cortadas e que o estado dos passageiros e da tripulação era desconhecido.

“Este é um ataque ilegal contra humanitários desarmados”, dizia a postagem.

Também num post nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a interceptação a flotilha. Segundo as autoridades, as ações se deram “em segurança”, e “seus passageiros estão sendo transferidos para um porto no Estado judaico”. O órgão ainda disse que “Greta e os seus amigos estão bem”.

A pasta ainda publicou um vídeo de uma mulher uniformizada falando ao telefone, identificando-se como “a Marinha israelense”. Ela pede que a flotilha pare, dizendo que está “se aproximando de uma zona bloqueada”, e diz que seus organizadores podem enviar ajuda ao enclave “através dos canais estabelecidos”, instando a flotilha a seguir para o porto de Ashdod, em Israel, em vez de prosseguir para Gaza.

Antes, os organizadores já haviam relatado em comunicado que a Marinha israelense “efetuou manobras de intimidação contra a flotilha Global Sumud”, acrescentando que algumas embarcações estavam com as luzes apagadas.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia acusou Israel de “ato de terrorismo” ao interceptar uma frota de ativistas que se dirigia ao Estado palestino com ajuda humanitária.

“O ataque das forças israelenses em águas internacionais contra a frota Global Sumud, que se dirigia para entregar ajuda humanitária ao povo de Gaza, é um ato de terrorismo que constitui a mais grave violação do direito internacional e põe em risco a vida de civis inocentes”, afirmou a pasta em comunicado.

Já o Hamas, grupo terrorista presente no enclave, condenou a interceptação da frota como “crime de pirataria e terrorismo”.

 

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