Quarta-feira, 23 de julho de 2025

Brasileiros se unem para defender “Pix amado” de ataques de Trump, diz Financial Times

Os brasileiros estão se unindo em torno de seu “amado sistema de pagamentos” Pix contra os ataques do presidente norte-americano, Donald Trump, afirma uma reportagem publicada na segunda-feira (21) no jornal britânico Financial Times.

“É um dos grandes sucessos de fintech do mundo, usado diariamente por pobres e bilionários, mas o sistema de pagamento instantâneo brasileiro Pix agora caiu em desgraça junto ao presidente dos EUA, Donald Trump”, afirma o texto escrito pelo correspondente do jornal em São Paulo.

O Pix seria um dos mecanismos que estariam sob investigação de “práticas comerciais desleais” do Brasil contra os EUA. A investigação é parte de medidas do governo Trump contra o Brasil — que incluem também tarifas de 50% em cima de produtos brasileiros exportados para os EUA.

O jornal destacou o clima de tensão entre Brasil e EUA, mas disse que “Brasília reservou uma raiva particular aos ataques ao Pix, que é universalmente amado pelos brasileiros por oferecer pagamentos instantâneos, gratuitos e fáceis”.

O Financial Times cita o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse que o Brasil não aceitará ataques ao Pix, “que é patrimônio do nosso povo”.

“O governo lançou uma campanha nas redes sociais com o slogan ‘PIXéNosso, My Friend’, sugerindo que os Estados Unidos sofrem um ‘ataque de inveja’ em relação ao ‘sistema seguro, protegido e gratuito’ do Brasil.”

“Das praias do Rio de Janeiro aos recantos mais remotos da Amazônia, o Pix é um recurso essencial no dia a dia. A ferramenta de pagamento, usada principalmente em celulares, trouxe mais de 70 milhões de brasileiros ao sistema financeiro pela primeira vez, simplificando os pagamentos para altos executivos e moradores de favelas”, escreve o jornal.

“Os comerciantes adoram as baixas taxas — normalmente cerca de 0,22% de uma transação, em comparação com mais de 1% para um cartão de débito e mais de 2% para alguns cartões de crédito. Os consumidores não pagam taxas e gostam da conveniência de pagar com um código QR ou digitando o número de identificação fiscal [CPF], número de celular ou endereço de e-mail do destinatário.”

A reportagem destaca que algumas grandes empresas se manifestaram contra o Pix — como a Mastercard (que acusa o Banco Central de operar e regular o Pix ao mesmo tempo) e a Meta (que não se manifestou publicamente, mas estaria preocupada com possível competição a um sistema de pagamentos via WhatsApp).

(Com informações do portal de notícias BBC Brasil)

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