Domingo, 28 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de outubro de 2021
Mais um corpo foi encontrado na área de buscas da tragédia de Brumadinho na manhã de sábado (2). A informação foi confirmada pelo major Ivan Neto, que comanda a operação neste fim de semana.
A barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, rompeu-se no dia 25 de janeiro de 2019. Em 2 anos e oito meses de buscas, 261 vítimas foram identificadas, mas nove seguem desaparecidas.
Segundo o major, o corpo encontrado neste sábado está com a estrutura óssea bastante preservada. Mas somente a perícia da Polícia Civil vai poder determinar se trata-se de uma das nove vítimas desaparecidas da tragédia da Vale. Por volta das 13h, os peritos estavam a caminho da área de buscas.
A localização foi feita por volta das 11h, próximo ao local onde os militares encontraram o corpo de Juliana Creizimar de Resende Silva, última vítima identificada, no fim de agosto.
O major disse que a equipe espera que esta nova localização possa trazer alento a parentes dos desaparecidos, que são chamados de “joias”.
“A nossa equipe ficou extremamente satisfeita. Para nós é uma honra poder fazer parte do encontro porque temos esperança de trazer alívio para uma família”, disse.
As seguintes vítimas ainda não foram identificadas:
– Angelita Cristiane Freitas de Assis,
– Cristiane Antunes Campos,
– Lecilda de Oliveira,
– Luis Felipe Alves,
– Maria de Lurdes da Costa Bueno,
– Nathalia de Oliveira Porto Araujo,
– Olimpio Gomes Pinto,
– Tiago Tadeu Mendes da Silva,
– Uberlandio Antonio da Silva.
Última vítima identificada
A última vítima identificada foi localizada no fim de agosto na região do Remanso 1, do lado direito, próximo à comunidade de Córrego do Feijão.
Juliana Resende, que era analista operacional da Vale, tinha 33 anos. Ela era casada com Dennis Silva, que também perdeu a vida no rompimento da barragem.
O corpo de Juliana foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros após 942 dias de buscas. Ela e o marido deixaram filhos gêmeos, que tinham apenas 10 meses na época do desastre e hoje vivem sob os cuidados dos avós e da tia.
A família de Juliana representa a luta incansável dos parentes das vítimas para que os corpos de todas as 270 pessoas que perderam a vida na tragédia sejam localizados.