Terça-feira, 07 de outubro de 2025

Calvície feminina: quando procurar ajuda médica e quais os melhores tratamentos disponíveis

A queda de cabelo em mulheres é uma queixa comum e pode afetar profundamente a autoestima. As causas variam de alterações hormonais e genéticas a situações de estresse, doenças ou uso de medicamentos. O diagnóstico correto é essencial para o sucesso do tratamento. A alopecia de padrão feminino (FPHL) é uma das formas mais frequentes, com aumento da incidência com a idade.

É importante buscar avaliação médica em casos de queda persistente por meses, perda súbita e intensa, falhas sem sinais de crescimento, coceira, dor ou crostas no couro cabeludo. Histórico familiar de calvície, alterações menstruais, ganho de pelos em locais típicos de homens ou sintomas sistêmicos também exigem atenção.

Somente o dermatologista com formação em tricologia pode realizar uma investigação completa, com exame físico, tricoscopia, exames laboratoriais e, se necessário, biópsia. “Vejo muitas mulheres que esperam meses ou anos antes de buscar ajuda. O diagnóstico precoce amplia as chances de preservar a densidade capilar”, explica a dermatologista Luísa Groba, especialista em tricologia.

Diagnóstico

A avaliação médica identifica o tipo de queda: padrão feminino (androgenético), eflúvio telógeno (transitório), alopecia areata (autoimune) ou cicatricial. O exame clínico inclui histórico detalhado, tricoscopia e exames como hemograma, ferritina, hormônios e vitamina D. Cada tipo exige condutas específicas.

Principais tratamentos

O tratamento é individualizado conforme diagnóstico, idade e tolerância a medicamentos. O minoxidil tópico é o tratamento de primeira linha. A solução ou espuma a 5%, usada diariamente, mostra resultados após quatro a seis meses. O uso contínuo é essencial.

O minoxidil oral em baixas doses, usado sob prescrição médica, tem se mostrado eficaz em casos resistentes ao tópico, embora exija acompanhamento devido a possíveis efeitos adversos.

Em mulheres com sinais de hiperandrogenismo, medicamentos antiandrogênicos como a espironolactona podem reduzir a queda e aumentar a densidade capilar.

Entre os procedimentos complementares estão o plasma rico em plaquetas (PRP), o microagulhamento e o laser de baixo nível (LLLT). Esses métodos podem estimular o crescimento capilar e potencializar a absorção de produtos tópicos. “Uso PRP e microagulhamento como complementos em pacientes que precisam de estímulo adicional para regeneração capilar”, afirma Luísa Groba.

Transplante capilar

O transplante é indicado apenas quando a perda está estabilizada e há área doadora suficiente. Em mulheres, o afinamento tende a ser difuso, exigindo avaliação criteriosa. A cirurgia só é recomendada após o diagnóstico definitivo e controle do quadro. “Em pacientes bem selecionadas, os resultados são naturais e duradouros”, ressalta a especialista.

Acompanhamento

O ideal é procurar dermatologistas com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e formação em tricologia. Para cirurgias, deve-se avaliar experiência específica em transplante capilar, estrutura adequada e equipe treinada.

O tratamento da calvície feminina é contínuo e requer paciência. A melhora costuma ocorrer entre quatro e doze meses, com necessidade de manutenção. É essencial revisar periodicamente o tratamento para ajustar doses e monitorar efeitos adversos.

Além disso, controlar doenças hormonais, manter boa nutrição, reduzir o estresse e evitar trações e químicas agressivas ajudam a retardar a progressão da queda.

A calvície feminina é uma condição frequente, mas tratável. O sucesso depende do diagnóstico preciso e da adesão ao plano terapêutico, que pode incluir minoxidil, terapias orais, procedimentos complementares e, em casos selecionados, transplante capilar. O acompanhamento regular com dermatologista especializado é o caminho mais seguro para preservar os fios e a autoestima.

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