Domingo, 06 de julho de 2025

Câmara dos Deputados vai custear despesas de 30 dos 44 parlamentares que foram a evento em Lisboa

O ‘Gilmarpalooza’, apelido dado ao Fórum de Lisboa organizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, levou 44 deputados em missão oficial de Brasília para a capital de Portugal nesta semana.

Dentre os parlamentares, 30 solicitaram que a viagem fosse com “ônus” à Câmara. Ou seja, a Casa vai arcar com todas as despesas, como hospedagem, deslocamento e custos adicionais. (veja ao final do texto a lista de deputados custeados pela Câmara). A lista foi divulgada pela própria Câmara a partir de um pedido de Lei de Acesso à Informação feito pelo Estadão. Procurada, a direção da Casa não quis se manifestar.

Os deputados que pediram o ressarcimento das despesas serão reembolsados após a apresentação das notas ficais. Por isso, ainda não é possível estimar quanto o deslocamento em massa de parlamentares a Lisboa custou aos cofres públicos.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está entre os deputados que solicitaram o reembolso dos valores. Na lista dos viajantes, também figuram seis parlamentares que são parte em processos no STF: Arthur Lira (PP-AL), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Luís Tibé (Avante-MG), Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Rodrigo Gambale (Podemos-SP), Baleia Rossi (MDB-SP).

O Senado vai custear a ida de seis senadores ao evento. O afastamento de parlamentares do País precisa ser comunicado às Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, a quem cabe autorizar a ida dos solicitantes.

Os deputados e senadores podem optar por duas formas de deixar o País: em missão oficial, representando a Casa da qual faz parte, ou apenas como participantes em determinado evento, o que também exige comunicação ao comando do órgão.

Os parlamentares ainda podem escolher se desejam deixar o País com ou sem ônus à instituição da qual fazem parte — ou seja, se querem ser reembolsados por todos os gastos existentes na viagem ou não.

O ‘Gilmarpalooza desloca anualmente o poder político de Brasília para a capital de Portugal. O evento é realizado na Universidade de Lisboa e versa sobre diversos temas, desde direito a mudanças tecnológicas, mas são as atividades paralelas e fora do escopo acadêmico que mobilizam parte dos participantes.

Além da classe política, o evento reúne empresários de grandes companhias, advogados dos escritórios mais renomados do País e acadêmicos. A união desses diferentes grupos, mas que podem partilhar interesses em comum, torna as festas, os almoços, os passeios e os jantares organizados paralelamente ao evento atrações à parte e altamente concorridas.

Na edição deste ano, a Associação Latinoamericana de Internet (ALAI), que representa as big techs, ofereceu um almoço a participantes seletos do Fórum e o BTG Pactual prepara um novo happy hour. As informações são do portal Estadão.

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