Segunda-feira, 17 de março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de fevereiro de 2022
O governo canadense decidiu flexibilizar as regras para a entrada no país. Segundo nota divulgada nesta semana, a medida é possível devido ao fim do pico de casos da variante ômicron no país. A partir do dia 28 de fevereiro, viajantes com ciclo vacinal completo não precisarão apresentar testes PCR negativos com antecedência para entrar no Canadá.
Para atender aos requerimentos pré-entrada, os viajantes terão a opção de apresentar o resultado de testes rápidos de antígeno, além do PCR. Ao chegarem no Canadá, eles serão selecionados aleatoriamente para testagem e não precisarão fazer quarentena.
Viajantes não vacinados ainda precisarão apresentar um teste na chegada ao país e no oitavo dia após terem aterrissado no Canadá. Uma quarentena de 14 dias também é obrigatória nesses casos. Estrangeiros não vacinados não poderão entrar no país.
“Há dois anos, as ações do nosso governo na luta contra a covid são baseadas na prudência e na ciência. Os anúncios de hoje são um reflexo do progresso que fizemos em relação a essa variante atual. Como dissemos o tempo todo, as medidas de fronteira do Canadá permanecerão flexíveis e adaptáveis”, disse o ministro da saúde Jean-Yves Duclos.
Protestos
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, acionou a lei de emergências para lidar com os protestos de caminhoneiros no país. “O governo federal invocou a Lei de Emergências para complementar a capacidade provincial e territorial de fazer frente aos bloqueios e ocupações”, disse Trudeau em entrevista coletiva.
O mecanismo, chamado de Emergencies Act, nunca havia sido usado antes na história do país. A lei dá ao governo federal mais poderes para lidar com os manifestantes antivacina.
O Emergencies Act pode ser acionado apenas em casos de “crise nacional”, e confere maiores poderes ao governo federal.
Com a medida, o governo pode, em teoria:
— requisitar bens, serviços e pessoas;
— dizer às pessoas aonde ir, aonde não ir;
— proibir manifestações e reuniões públicas.
Todas as ações sob a lei de emergências devem respeitar a Carta dos Direitos e das Liberdades que integra a Constituição canadense.
O premiê negou qualquer intenção de usar a lei para acionar os militares contra os manifestantes e afirmou que ela será temporária e “geograficamente limitada”.
Antivacina
Há semanas um comboio de caminhoneiros têm se manifestado contra as restrições da Covid-19 no país – que exige a apresentação de passaporte de vacina para cruzar a fronteira.
O autointitulado “Comboio da Liberdade”, com centenas de motoristas e apoiadores, chegou a bloquear a Ambassador Bridge, mais importante ligação entre Canadá e EUA, por cinco dias.
Apesar de diversas cidades do país registrarem manifestações simultâneas, como Toronto, Winnipeg e Quebec, a maior concentração está na região da capital.
O Canadá afirma que não vai recuar e que os manifestantes são “minoria”. O comboio que ocupa a capital vem gerando transtorno e Ottawa decretou “estado de emergência”.
“Isto tem que parar”, afirmou o primeiro-ministro Justin Trudeau na segunda (7), em uma sessão do Parlamento canadense.
A tensão vem aumentando nas últimas semanas com o grupo protestando contra as restrições impostas pelo governo Trudeau para frear a pandemia. Alguns dos manifestantes pedem pela dissolução do Parlamento e outros carregam bandeiras dos estados confederados e até suásticas nazistas.