Domingo, 18 de maio de 2025

Candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado sai enfraquecida após os atos de barbárie contra os Três Poderes

O primeiro teste político do dano provocado pelos atos extremistas ao bolsonarismo será a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) a presidente do Senado. Para aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Marinho, assim como Bolsonaro, sai enfraquecido após os atos de barbárie contra os Três Poderes. A leitura é a mesma de aliados de Marinho.

O candidato, por sua vez, não abandonou a campanha e, mesmo após radicais terem atacado o Senado, segue pregando aos colegas de Parlamento que é preciso se contrapor ao que considera ser excessos do Judiciário, dando como exemplo mais recente o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do cargo. Pau que dá em Chico também dará em Francisco, tem enfatizado.

Antes do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, Valdemar Costa Neto tinha fixado para o dia 15 deste mês uma reavaliação de cenário. Apesar do quadro adverso, o presidente do PL, segundo relatos, segue defendendo que até a eleição há tempo para contornar os efeitos negativos sobre Marinho.

Pacheco tem a expectativa de um acordo para que Marinho desista. Em troca, o PL ficaria com a 4ª secretaria da Casa, ocupada por Romário (RJ). O grupo do atual presidente do Senado não crê que o PL tenha força sozinho para pleitear o comando da CCJ.

Arthur Lira

O atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é, até o momento, o favorito na disputa pelo cargo que ainda não tem concorrentes. A cerca de um mês da eleição, Lira já conseguiu reunir apoios de 19 partidos que somam 489 deputados.

É possível que até fevereiro, quando há eleição da nova Mesa Diretora, apareça algum nome para disputar a presidência da Casa, mas dificilmente terá força para derrotar o deputado alagoano.

Lira foi eleito presidente da Casa em 2021 com 302 votos. Na época, seu principal adversário era Baleia Rossi (MDB-SP), que recebeu 145 apoios. No comando da Casa, o congressista foi aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e fez campanha por sua reeleição.

Passado o pleito, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Lira foi uma das primeiras figuras políticas a reconhecer a vitória do petista.

Na primeira reunião presencial entre Lula e Lira, o presidente já sinalizou que não interferirá nas eleições para a presidência da Câmara e do Senado. O deputado, por sua vez, demonstrou apoio à proposta que autoriza o novo governo a gastar aproximadamente R$ 170 bilhões fora do teto de gastos.

À época, deputados petistas avaliaram que os gestos foram os primeiros passos para uma relação amigável que pode ajudar na sustentação do novo governo no Congresso.

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