Domingo, 28 de abril de 2024

Carnaval na Sapucaí: comitê científico sugere cancelar, mas secretário de Saúde do Rio de Janeiro diz que está mantido

Especialistas do comitê científico que orienta as decisões do Estado do Rio de Janeiro sobre a pandemia recomendaram, em reunião nesta semana que não haja desfiles de escolas de samba na Marquês de Sapucaí, ou que eles sejam adiados. No entanto, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que a festa, por enquanto, está mantida.

O grupo composto por sete pesquisadores da Uerj, UFRJ e técnicos da Secretaria de Estado de Saúde analisou o avanço da variante ômicron. E o infectologista Roberto Medronho, da UFRJ, recomendou não só o cancelamento do carnaval, mas também qualquer evento que gere aglomeração.

A sugestão foi aceita por unanimidade, mas quem bate o martelo sobre a questão é o secretário Chieppe. O chefe da pasta se mostrou desfavorável ao cancelamento do carnaval.

“Nesse momento, considerando a tendência dessa transmissão, do que a gente vê em outros países, dela ser curta, dela durar pouco tempo por conta da alta transmissibilidade desse vírus, é de que o carnaval da Sapucaí seja mantido, adotando os protocolos de segurança necessários”, disse Chieppe.

O secretário acrescentou que não é possível, no momento, decidir sobre um evento que deve ocorrer daqui a dois meses, “à luz da situação epidemiológica atual”. Já sobre o carnaval de rua no estado, a SES informou, em nota, que ele deverá ser suspenso.

Isso porque, afirma a pasta, nos blocos “não há como fazer um controle sanitário, com adoção de protocolos sejam de testagem ou exigência de esquema vacinal completo”.

Após debate do comitê, a ata da reunião seria encaminhada ao secretário, para “auxiliar na tomada de decisão junto à vigilância estadual”.

Variante

Dados do próprio Governo do RJ mostram o avanço da Covid. Em dezembro, foram 8.897 casos. E só nos sete primeiros dias deste ano, foram 22.355 novos registros. Duas vezes e meia mais casos do que no mês passado.

Mesmo considerando o represamento de registros e “apagão” de dados no Ministério da Saúde, são muitos casos a mais registrados no RJ.

O infectologista e epidemiologista Roberto Medronho (UFRJ), que é membro do comitê científico do estado do Rio, já havia adiantado que pediria a suspensão de todo o carnaval no Estado — inclusive os desfiles das escolas na Sapucaí.”

“Defenderei exatamente isso que estou falando publicamente: temos que suspender todos os festejos carnavalescos e podemos adiar o carnaval para o meio do ano para que possa ter uma situação um pouco melhor. Pelo menos adiar o carnaval”, disse ele.

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