Terça-feira, 12 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de agosto de 2025
A ausência de Ana Carolina da Silva, conhecida como Carolana, da lista de convocadas da Seleção Brasileira feminina de vôlei para a preparação do Campeonato Mundial gerou surpresa e debate entre fãs e especialistas do esporte. Um dos pilares da equipe nos últimos ciclos olímpicos, a central de 34 anos optou por um ano sabático e não estará no grupo comandado por Zé Roberto Guimarães.
Em entrevista ao site Olympics.com, o técnico da seleção revelou que contava com Carolana para a competição, mas respeitou a decisão da atleta, que comunicou seu desejo de se afastar temporariamente das quadras internacionais.
“Eu conversei com ela quando fui pra Itália, depois voltei a ligar pra ela, porque ela estaria convocada. Ela pediu pra ficar fora esse ano, porque tinha outros projetos, pensando em fazer outras coisas. Eu respeitei, porque senão ela seria convocada”, explicou Zé Roberto.
Diferente da meio de rede Thaísa, que já havia anunciado sua despedida da seleção, a escolha de Carolana pegou o treinador de surpresa. A expectativa era de que a jogadora seguisse no grupo ao menos até o próximo ciclo.
“No caso da Thaísa, tudo tem um começo, meio e fim, e ela já tinha anunciado que ia sair. Com a Carol, foi uma surpresa. Ninguém esperava que isso fosse acontecer e pensei que ela pudesse voltar pro próximo ano”, confessou Zé Roberto.
Carolana tem um currículo de peso: foi peça-chave na conquista da medalha de prata no Mundial de 2022, além de ter duas medalhas olímpicas — prata em Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024. Após se despedir do vôlei italiano, ela se prepara para atuar na nova liga profissional dos Estados Unidos, em um movimento que marca uma nova fase em sua carreira.
A central já havia solicitado dispensa da Liga das Nações deste ano, alegando necessidade de descanso após uma temporada intensa. A decisão de se afastar da seleção reforça seu foco em projetos pessoais e na transição para novos desafios profissionais.
Zé Roberto deixou aberta a possibilidade de retorno da jogadora em 2026, caso ela decida retomar sua trajetória na seleção. Por enquanto, o Brasil segue para o Mundial sem uma de suas principais referências técnicas e emocionais — e com a missão de renovar o grupo em meio a um cenário competitivo.