Domingo, 18 de maio de 2025

Casa Branca contesta rebaixamento da classificação de crédito dos Estados Unidos

A Casa Branca adotou um tom agressivo em relação à Moody’s, depois que a agência de classificação rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos na sexta-feira (16).

O diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, reagiu ao rebaixamento por meio de uma publicação nas redes sociais, criticando o economista da Moody’s, Mark Zandi.

Ele chamou Zandi de oponente político do presidente dos EUA, Donald Trump.

“Ninguém leva a ‘análise’ dele a sério. Ele já foi desmentido inúmeras vezes”, disse Cheung.

Moody’s rebaixa nota de crédito dos EUA e tira país do clube de elite “AAA”

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a classificação de crédito dos Estados Unidos nesta sexta-feira (16). A nota da maior economia do mundo desceu em um degrau, de “AAA” para “AA1” e teve a perspectiva alterada de “negativa” para “estável”.

A agência citou o aumento da dívida e dos juros a níveis “que são significativamente mais altos do que os de [países] soberanos com classificação semelhante” para justificar a nova nota dos EUA.

“As sucessivas administrações e o Congresso dos EUA falharam em chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes de juros”, disse a Moody’s em um comunicado.

Nesta sexta-feira (16), por exemplo, os republicanos rejeitaram o projeto tributário do presidente norte-americano, Donald Trump. Esse era um passo importante para o líder da maior economia do mundo conseguir avançar no projeto.

Os republicanos estão divididos entre a linha-dura, que encara o pacote como sua melhor chance de cortar gastos, e os republicanos mais moderados de distritos competitivos, que alertaram que cortes de gastos mais profundos em programas da rede de segurança social podem colocar em risco a maioria republicana da Câmara de 220 a 213 cadeiras nas eleições de meio de mandato de 2026.

Nota de crédito: o que é e para que serve

A nota de crédito é dada por agências de classificação de risco para países que emitem dívida e serve, basicamente, como um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes — ou seja, é o que indica a capacidade de um país de honrar os pagamentos de suas dívidas.

Essa nota é geralmente representada por letras, números e sinais matemáticos, e vão normalmente de D — que é a nota mais baixa — até a classificação AAA, que é a nota mais alta.

As notas ainda são classificadas em dois grupos principais: grau especulativo e grau de investimento. É a partir dessa nota de risco que os investidores podem avaliar se compensa investir capital naquele país, se existe chance de ganhos que compensem o risco de perder o capital investido — e se a economia desse país é estável ou instável. As informações são do portal CNN.

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