Segunda-feira, 16 de junho de 2025

Casal é preso por suspeita de usar foto de bebê desconhecido para pedir dinheiro nas redes sociais

Um casal foi preso por suspeita de usar foto de um bebê desconhecido para pedir dinheiro nas redes sociais, em Anápolis, a 55 km de Goiânia, capital do Estado de Goiás. De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos chegaram a pedir para o próprio filho de 10 anos gravar vídeos se passando pelo irmão do bebê. Eles confessaram à corporação que desconheciam o bebê e que haviam usado fotos da internet.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do casal para que se posicionasse até a última atualização. À Polícia Civil, os dois disseram que “estavam fazendo isso a pedido de um outro indivíduo e que ganhavam apenas uma parte do valor”.

“Ele sempre se passou como ajudante dessa família que teria vindo do interior de Minas Gerais e que era muito humilde. Ele dizia que a família não sabia nem mexer em contas de banco, telefone. Então, ele começou a pedir ajuda para a cirurgia desse bebê”, contou.

O motorista começou a desconfiar do casal quando passou a reparar as receitas médicas e comprovantes de hospitais que recebia dos suspeitos. Segundo ele, os dados não batiam com as histórias contadas pela dupla. A vítima disse ainda que chegou a receber um vídeo do filho do casal se passando pelo irmão do bebê.

“Boa noite. Eu sou irmão do Miguel. Ele passou muita dor hoje e foi para o hospital. Foi ele, minha mãe e meu pai. Ele vai ficar para fazer o exame e a cirurgia já”, disse a criança no vídeo.

Mesmo estando nos Estados Unidos, Bruno conseguiu denunciar o caso à polícia de Goiás. Ele contou ainda que ficou muito chateado com a situação.

“Me revoltou muito pela mentira, por ele estar usando a imagem de uma criança que ele talvez nunca viu na vida e por estar ensinando ao filho dele esses caminhos errados”, contou o motorista.

O casal foi preso pela Polícia Militar e levado à Central de Flagrantes, mas foi liberado em seguida por não ter tido situação de flagrante. No entanto, o delegado Renato Rodrigues disse que está instaurando um inquérito e que os suspeitos podem responder por estelionato e corrupção de menores.

Filho morto

Um outro caso semelhante de Goiânia envolveu um bebê com hidrocefalia, que morreu em fevereiro. Os pais denunciaram à Polícia Civil que a foto dele estava sendo usada por um casal de desconhecidos para sensibilizar motoristas e pedir dinheiro nos semáforos da capital goiana. A corporação já conseguiu identificar uma das pessoas que estava usando a imagem e a intimou a prestar esclarecimentos.

A representante comercial Jennifer Marques Freitas Goulart disse que o filho, Bryan Felipe, nasceu com hidrocefalia. Ele foi o segundo filho que a mulher perdeu por problemas de saúde. Para tentar engravidar e evitar que o novo filho também tenha problemas, é necessário uma fertilização artificial e ela fez uma campanha na internet para arrecadar dinheiro. Jennifer acredita que foi por meio dessa campanha na internet que o casal conseguiu a foto de Bryan.

No sábado (21), o padrinho da criança estava passando pelo Jardim Nova Esperança de carro quando viu um casal com a foto da criança na mão e pedindo dinheiro. “Era um cartaz enorme pedindo ajuda como se ele estivesse vivo como se fosse parente. Falava que já tinham arrecadado uma quantia em dinheiro, só que ainda não era o suficiente”, disse.

Quando o padrinho foi questionar o caso, o casal fugiu. A mãe do menino não conhece as pessoas que usaram a imagem. “Na hora foi um susto. Ele foi perguntar o que estava acontecendo, mas o sinal abriu e ele teve que seguir. Nós voltamos depois ao local e eles não estavam mais”, disse.

Indignados, os pais procuraram a polícia. “O casal registrou a ocorrência e agora estamos investigando. Já sabemos quem é a mulher que estava no semáforo e ela já foi intimada para comparecer à delegacia e dar suas explicações”, disse o delegado Jacó Machado das Chagas.

O delegado explicou ainda que a contravenção penal pela qual o casal que usou a foto da criança poderia ser autuado é mendicância, mas o artigo foi retirado em 2009. Porém, os motoristas que deram dinheiro e se sentiram enganados podem procurar a polícia e, nesse caso, eles responderiam por estelionato.

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