Terça-feira, 07 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de outubro de 2025
O São Paulo recebeu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) os áudios da cabine do VAR referentes ao clássico contra o Palmeiras, disputado no Morumbis pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O Verdão venceu de virada por 3 a 2 no domingo (5).
A reunião aconteceu na segunda-feira (6) e contou com a presença de Rui Costa, diretor de futebol do clube, além de membros da Comissão de Arbitragem da CBF, como Rodrigo Cintra e Péricles Bassols.
O clube tricolor apontou cinco momentos da partida como problemáticos, com destaque para dois: o pênalti não marcado sobre Gonzalo Tapia, após contato com Allan, e a ausência de cartão vermelho para Andreas Pereira, que fez uma entrada dura em Marcos Antonio.
Em ambos os casos, o árbitro Ramon Abatti Abel não foi chamado ao monitor do VAR, o que gerou indignação por parte da diretoria são-paulina.
Segundo a CBF, os áudios não foram divulgados publicamente porque o árbitro de campo não foi chamado à revisão, e, portanto, não há quebra de protocolo.
O presidente Julio Casares, no entanto, pediu que a entidade abrisse exceção e tornasse os áudios acessíveis, alegando prejuízo técnico e falta de diálogo entre os árbitros envolvidos.
Casares comparou o lance com outro ocorrido em partida contra o Fortaleza, onde houve expulsão de Rigoni após revisão.
Para ele, o critério adotado no Morumbis foi diferente e prejudicial ao São Paulo.
“Foram cinco vídeos onde a tecnologia entrou em campo, mas a falta de diálogo, omissão e a falta de firmeza técnica entre o árbitro e o árbitro de VAR trouxe um prejuízo ao São Paulo”, afirmou o dirigente.
A CBF esclareceu que o protocolo de não divulgar áudios sem revisão no monitor é interno e não segue diretrizes da FIFA. Caso o árbitro tivesse sido chamado à cabine, os áudios seriam publicados no site oficial da entidade.