Terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 16 de dezembro de 2025
O uso de gramado sintético voltou ao centro das discussões do futebol brasileiro após a divulgação do novo regulamento da CBF para o Campeonato Brasileiro. No artigo 24, a entidade confirma que clubes podem mandar seus jogos em estádios com piso artificial, desde que o material esteja de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento Geral de Competições (RGC).
A autorização, porém, vem acompanhada de uma série de diretrizes que buscam equilibrar as condições entre mandantes e visitantes.
O regulamento garante ao clube visitante o direito de reconhecer o gramado na véspera da partida, mas essa atividade é restrita a uma visita técnica. Nela, os atletas podem apenas caminhar pelo campo — sem chuteiras com travas e sem realizar qualquer tipo de treino.
Nos jogos disputados em gramado sintético, o visitante também pode solicitar um treinamento no próprio estádio no dia anterior ao confronto. Para isso, é necessário enviar o pedido ao mandante com dez dias de antecedência.
A data e o horário do treino devem ser definidos em comum acordo e comunicados à Diretoria de Competições (DCO). Caso o estádio não possa receber a atividade, o mandante deve disponibilizar um campo sintético similar em seu centro de treinamento.
O tema voltou a gerar controvérsia ao longo da temporada. Jogadores como Neymar e Lucas Moura criticaram publicamente o uso do gramado sintético, alegando que o piso aumenta o risco de lesões e não se adapta ao estilo de jogo praticado no país.
A discussão ganhou força novamente quando o Flamengo enviou à CBF uma proposta defendendo a uniformização dos gramados até 2027, sugerindo que todos os estádios utilizem o mesmo tipo de superfície. A iniciativa provocou troca de declarações entre Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Luiz Eduardo Baptista (Bap), dirigente rubro-negro, além de notas oficiais dos clubes envolvidos.
O documento da CBF também trouxe novidades sobre a distribuição de vagas para torneios internacionais.
O G-4 segue garantindo vaga direta na Libertadores.
A segunda vaga da Copa do Brasil passa a valer para a pré-Libertadores, algo que não estava previsto anteriormente.
Se o campeão da Copa do Brasil já estiver classificado para a fase de grupos por outro critério, o vice-campeão herdará automaticamente a vaga direta.
Caso ambos os finalistas já estejam garantidos na Libertadores, as vagas excedentes serão redistribuídas conforme a classificação final do Brasileirão.