Domingo, 19 de outubro de 2025

Centrão tenta garantir Arthur Maia no comando da CPMI dos Atos Extremistas

Líderes do Centrão iniciaram negociações com o PL para garantir o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) na presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Extremistas.

As articulações tiveram início nessa sexta-feira (28), um dia depois da reunião do presidente Lula com a articulação política para definir uma estratégia para controlar a CPI.

Há forte resistência do Palácio do Planalto ao nome de Arthur Maia para comandar a CPI, por ser próximo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). Na Bahia, Maia é oposição ao PT.

Diante dessa resistência, o Centrão já trabalha um plano B. A avaliação é que se fizer uma aliança com o PL, haverá maioria para eleger Maia para o comando da CPI.

O líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), já deu sinal verde para o partido apoiar Maia na presidência da CPI.

Apesar da resistência, o governo ainda avalia um acordo e não descarta Arthur Maia para o cargo, desde que ele assuma o compromisso de pautar a CPI sem um viés ideológico.

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparecerá à CPMI sobre os atos extremistas de 8 de janeiro, caso seja chamado. A declaração foi dada na última quarta (26) por Fábio Wajngarten, advogado do ex-mandatário, na saída da Polícia Federal, onde Bolsonaro depôs sobre participação nos atos antidemocráticos.

A criação do colegiado ganhou força na última semana, após a CNN Brasil divulgar imagens que mostram o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Instituticional (GSI) Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante a atuação dos golpistas.

O ex-presidente foi incluído na investigação que apura a invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, com depredação do patrimônio público, no início de janeiro.

A PGR sustentou que a inclusão de Bolsonaro nas investigações é para apurar se ele teria incitado a prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito ao compartilhar vídeo nas redes sociais. A postagem reiterava a tese infundada de que houve fraude na eleição do ano passado para presidente da República.

Segundo Wajngarten, no entanto, o ex-presidente estava medicado e hospitalizado quando fez a publicação por engano. Seu intuito era enviar pelo WhatsApp a mensagem, e não publicar no Facebook. Ele teria apagado a postagem assim que viu o erro.

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