Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de julho de 2025
Um dos espaços artístico-culturais mais importantes de Porto Alegre, o Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, localizado na avenida Érico Veríssimo, 307, será devolvido à cidade, às 11h desta quinta-feira (24), após nove meses de obras de revitalização e recuperação dos danos causados pela enchente de 2024.
Conduzida pela CFL Inc., a reforma do complexo de 3.600 m2 – que inclui o Teatro Renascença, a Sala Álvaro Moreyra, o Atelier Livre Xico Stockinger, a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, um saguão de exposições e salas para oficinas – teve investimento total de R$ 3.621.293,69 viabilizados com recursos de um Termo de Aquisição de Solo Criado por Contrapartida (TASCC) firmado com a prefeitura da cidade.
Por meio deste instrumento, o município outorga o direito de construir mediante uma contrapartida que traga benefícios à comunidade.
“É uma atuação em parceria com o poder público para promover o desenvolvimento urbano”, afirma o CEO da CFL, Luciano Bocorny. “Nosso trabalho não se limitou à recuperação dos danos causados pela enchente. O foco foi revitalizar a estrutura para oferecer à cidade um complexo melhor e mais moderno”, completa.
As obras de recuperação do Teatro Renascença incluíram palco, plateia, camarim e salas de apoio. As reformas foram desde colocação de piso novo, pintura, instalações elétricas, sonorização, cortinas, carpetes, poltronas até higienização e impermeabilização do reservatório das caixas d’água. Todos os 270 assentos do teatro precisaram ser descartados, por conta da lama e da contaminação.
No subsolo do teatro, onde ficam os reservatórios e bombas, foi feita uma manutenção geral na infraestrutura do prédio. As melhorias no Renascença também incluíram a modernização das mesas de som e de luz, além de acessibilidade, com poltronas para obesos, corrimãos, local adequado para cadeirantes e rampas de acesso. Estes incrementos reduziram a ocupação máxima do teatro, que passou a contar com 200 assentos, 70 a menos do que antes.
Já no Atelier Livre, foram realizadas a recuperação do piso, a pintura do espaço, a revisão e o conserto das instalações elétricas e a colocação de ar-condicionado, além da limpeza e da descontaminação do ambiente. No Atelier funcionam 20 cursos regulares e 12 cursos extras, além de palestras. Ao todo, são cerca de 400 alunos.
No subsolo da biblioteca, que já havia sofrido com outras inundações, a CFL removeu e substituiu todas as portas e rodapés; impermeabilizou o solo; substituiu toda fiação elétrica; removeu as antigas instalações sanitárias; consertou janelas e executou a pintura geral.
Nos demais andares (térreo, mezanino e sala do infantojuvenil) foram realizadas pintura, revisão das instalações elétricas, troca das portas e conserto das janelas e instalação de persianas automáticas para as claraboias. O espaço também recebeu a instalação de dez equipamentos de ar-condicionado, uma antiga demanda do público usuário.
A obra ainda incluiu a repintura dos gradis e de toda a fachada externa do prédio, além da manutenção do piano. A Sala Álvaro Moreyra e o saguão de exposições não necessitaram de reparos.
“Estamos entregando à comunidade e às mais de 2.500 pessoas que usam este espaço todos os meses um Centro Municipal de Cultura muito mais acolhedor e funcional”, ressalta o CEO da CFL.
Para a secretária municipal de Cultura, Liliana Cardoso Duarte, a entrega da obra marca o renascimento de um espaço de todos os porto-alegrenses.
“O Centro Municipal de Cultura renasce com toda a fidalguia para enaltecer a arte e a cultura transformadora da capital dos gaúchos”, afirma.