Quarta-feira, 05 de novembro de 2025

China construirá base em Cuba para espionar os Estados Unidos

A China chegou a um acordo secreto com Cuba para estabelecer uma instalação de espionagem eletrônica na ilha a cerca de 160 quilômetros da Flórida, informou o Wall Street Journal, mas os governos norte-americano e cubanos lançaram fortes dúvidas sobre a reportagem.

A suposta instalação de espionagem pode permitir a Pequim reunir comunicações eletrônicas do sudeste dos Estados Unidos, que abriga muitas bases militares e monitorar o tráfego de navios, noticiou o jornal, citando autoridades norte-americanas familiarizadas com informações confidenciais.

A sede do Comando Central dos EUA está sediada em Tampa. Fort Liberty, anteriormente Fort Bragg, a maior base militar dos EUA, fica na Carolina do Norte.

Os países chegaram a um acordo inicial, disseram as autoridades, com a China pagando a Cuba “vários bilhões de dólares” para permitir a estação de espionagem, segundo o Wall Street Journal.

“Nós vimos a reportagem. Não é precisa”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, à Reuters. Mas ele não especificou o que achava incorreto.

Ele disse que os Estados Unidos têm “preocupações reais” sobre o relacionamento da China com Cuba e o estão monitorando de perto.

O brigadeiro-general Patrick Ryder, porta-voz do Departamento de Defesa disse: “Não temos conhecimento de China e Cuba estarem desenvolvendo um novo tipo de estação de espionagem”.

Em Havana, o vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Fernández de Cóssio, descartou a reportagem como “totalmente mentirosa e infundada”, chamando-a de uma invenção norte-americana para justificar o embargo econômico de Washington contra a ilha, que dura décadas. Ele disse que Cuba rejeita toda presença militar estrangeira na América Latina e no Caribe.

Um porta-voz da Embaixada da China em Washington disse: “não estamos cientes do caso e, como resultado, não podemos fazer comentários no momento”.

O acordo entre dois rivais dos EUA, ambos governados por governos comunistas, causou alarme na administração do presidente Joe Biden, disse o WSJ, representando uma nova ameaça perto da costa norte-americana.

O acordo relatado ocorre no momento em que Washington e Pequim estão tomando medidas iniciais para aliviar as tensões que aumentaram depois que um suposto balão espião chinês de alta altitude cruzou os Estados Unidos antes que os militares norte-americanos o derrubassem na costa leste em fevereiro.

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