Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de julho de 2025
O Ministério das Relações Exteriores da China criticou nesta sexta-feira (11) a tarifa de importação de produtos brasileiros anunciada nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A igualdade de soberania e a não intervenção em assuntos domésticos são princípios importantes da Carta da ONU e normas básicas nas relações internacionais”, disse a porta-voz do ministério, Mao Ning, ao ser questionada por uma repórter sobre o que achava da tarifa de 50% a produtos brasileiros que entrarem nos EUA anunciada por Trump. “Tarifas não deveriam ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência”, prosseguiu.
Essa foi a primeira manifestação da China desde o tarifaço de Trump ao Brasil, que abriu uma crise diplomática entre Washington e Brasília. O anúncio de Trump sobre o aumento da tarifa aos produtos brasileiros veio logo após o fim da cúpula do Brics, grupo do qual a China também faz parte, realizada na semana passada no Rio de Janeiro.
O presidente norte-americano também ameaçou os países do Brics com um novo tarifaço. O argumento do republicado foi de que o grupo, segundo ele, estaria tentando enfraquecer os EUA e substituir o dólar como moeda padrão global.
Novo tarifaço
Na quarta-feira (9), Trump publicou nas suas redes sociais uma carta pública ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual anunciava uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos.
Ao justificar a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou Jair Bolsonaro (PL) e disse ser “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe do Estado.