Quarta-feira, 12 de novembro de 2025

China, Estados Unidos, Vaticano e Hiroshima… Relembre as viagens internacionais de Lula desde o início do mandato

Dez viagens, 14 países. Com viagem marcada para a Bélgica neste fim de semana, este será o balanço de pouco mais de seis meses de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem priorizado as agendas no exterior como uma prova de que “o Brasil voltou”, em suas próprias palavras, ao cenário internacional, após quatro anos de afastamento durante o governo de seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A décima viagem do presidente será para Bruxelas, para participar da reunião entre a Celac (Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a União Europeia (UE). O encontro, que acontecerá nos dias 17 e 18 deste mês, reunirá 60 líderes das duas regiões.

Na cúpula, serão discutidos assuntos como tensões geopolíticas, aumento da fome e da pobreza, desafios ambientais e reforma do sistema financeiro internacional. Durante sua estadia em Bruxelas, Lula deve se encontrar com a presidente da UE, Ursula von der Leyen, para discutir o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a UE. O desfecho desse acordo, negociado ao longo de duas décadas, tem sido prioridade na política externa brasileira.

Para julho e agosto, o presidente também tem viagens previstas para São Tomé e Príncipe, para participar da cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e África do Sul, para encontro do Brics.

Colômbia e Argentina

Antes de sua próxima viagem à Europa, a quarta do ano, o presidente Lula visitou a Colômbia, no último dia 8, onde se encontrou com o presidente Gustavo Petro no fórum científico sobre a Amazônia, realizado na cidade de Letícia, na fronteira entre os dois países.

No mesmo mês, o presidente participou da Cúpula do Mercosul, na Argentina, entre os dias 3 e 4, marcando o início da Presidência rotativa do Brasil no bloco — e a segunda viagem do presidente ao país vizinho neste ano.

Vaticano e França

Descrita como um “encontro de velhos conhecidos”, a ida do presidente ao Vaticano, em 21 de junho, onde se encontrou com o Papa Francisco, rendeu uma “boa conversa sobre a paz no mundo”, como afirmou Lula no Twitter na ocasião.

Nos dias seguintes, Lula participou de uma série de compromissos na França, durante a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris. O acordo UE-Mercosul foi uma das pautas centrais durante a agenda na França, e Lula chegou a dizer que as exigências do bloco europeu eram uma “ameaça”. O assunto sobre a guerra na Ucrânia também foi discutido em um almoço entre Lula e o presidente francês, Emmanuel Macron, mas os dois líderes não conseguiram convergir e mantiveram suas próprias convicções em relação ao conflito.

Japão e Reino Unido

Em maio, o presidente Lula foi convidado pelo premier japonês, Fumio Kishida, a participar da Cúpula do G7, que ocorreu em Hiroshima entre os dias 19 e 21 daquele mês. Lula foi como representante de algumas nações importantes do do chamado “Sul Global”, juntamente com os líderes da Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã.

No início do mesmo mês, Lula viajou a Londres, no Reino Unido, como convidado da coroação do Rei Charles III. Antes da celebração, o petista também se reuniu com o premier britânico, Rishi Sunak. A reunião rendeu uma promessa de doação de RS$ 500 milhões ao Fundo Amazônia por parte do governo britânico.

Três países

A agenda de abril de Lula começou com uma viagem à China, que havia sido originalmente programa para ocorrer em março, mas foi postergada devido a uma leve pneumonia. Em dois dias na Espanha, Lula foi recebido pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, que em julho assumirá a Presidência do Conselho da União Europeia, e pelo rei Felipe VI. Na volta, fez uma breve passagem por Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Estados Unidos

O encontro entre o petista e o presidente dos EUA, Joe Biden, ocorreu em fevereiro, em viagem a Washington. Temas como clima, igualdade racial e social e fortalecimento da democracia foram discutidos na reunião bilateral, que também teve a guerra na Ucrânia como pauta.
A agenda em Washington também incluiu encontros com o senador independente Bernie Sanders e com parlamentares americanos.

Argentina e Uruguai

Lula deu o pontapé inicial em sua agenda internacional em janeiro, com uma passagem pela Argentina, onde se encontrou com o presidente Alberto Fernández e participou da cúpula da Celac — ignorada pelo seu antecessor, que retirou o Brasil da aliança em 2019 —, antes de fazer uma escala em Montevidéu, no Uruguai, na volta.
O encontro com Fernández marcou uma nova fase da relação entre os dois países, abalada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que procurava se manter distante do mandatário vizinho por falta de alinhamento ideológico.

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