Segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Chocolate suspeito de causar salmonella não chegou ao Brasil, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta quinta-feira (14) alerta, divulgado pela Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar (Infosan), sobre surto de Salmonella Typhimurium em chocolates da marca Kinder. De acordo com o aviso, o Brasil não está incluído na lista de países para os quais o produto foi distribuído.

Em nota, a agência informou que está monitorando as informações das autoridades na Europa sobre os casos de infecção pela Salmonella Typhimurium, associados ao consumo de chocolates da empresa Ferrero, fabricados na Bélgica e distribuídos para diferentes países.

Os representantes da empresa Ferrero no Brasil enviaram comunicado oficial à Anvisa, no qual informaram que a contaminação ocorreu na fábrica em Arlon, na Bélgica, e que as operações foram suspensas.

A empresa informou ainda que iniciou o recolhimento dos produtos em todos os países de destino, e que a contaminação não atinge os chocolates comercializados no Brasil. “A Anvisa segue o monitoramento do caso junto à empresa e acompanha as informações veiculadas por outras autoridades internacionais”, destaca a nota.

Como medida preventiva, a agência recomenda aos consumidores que tenham ou pretendam adquirir chocolates da marca Kinder, que verifiquem no rótulo os dados do fabricante do produto, especialmente de Arlon, na Belgium.

Os produtos Kinder, feitos nessa fábrica são: Kinder Surprise Maxi 100 g, Kinder Surprise 1 x 20 g, Kinder Surprise 3 x 20 g (60 g), Kinder Surprise 4 x 20 g (80 g), Kinder Schokobons WHITE 200 g, Kinder Schokobons 200 g, Kinder Schokobons 125 g, Kinder Schokobons 300 g, Kinder Mix Peluche 133 g, Kinder Mix Advent Calendar 127 g, Kinder Mini Eggs Hazelnut 100 g, Kinder Mini Eggs Mix 250 g, Kinder Happy Moments 162 g. O encaminhamento de denúncias pode ser feito por meio da Ouvidoria da Anvisa, na plataforma Fala.BR.

Na qurta-feira, o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) notificou a Ferrero do Brasil no sentido de que a companhia formalize o recall do chocolate Kinder ou apresente esclarecimentos sobre a segurança do produto no País.

Risco de morte

Amplamente presente no nosso dia a dia, a salmonela é temida porque, em suas formas mais graves, pode levar à morte. Segundo estimativa da organização mundial da saúde, as salmonelas entéricas causaram 59 mil óbitos em 2010, sendo a principal causa global de infecções alimentares diarreicas. A gravidade da contaminação, assim como em qualquer doença, depende de fatores de risco como estado de saúde da pessoa infectada, adaptação da bactéria ao organismo, dose ingerida, entre outros. No geral, os sintomas duram de dois a sete dias e incluem, além da diarreia, febre, vômito e dores abdominais.

No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 83 surtos de salmonelose no país de 2014 a 2017, sendo que em 29,4% dos casos a contaminação ocorreu dentro de casa. O país pratica uma “tolerância” de 20% de contaminações em produtos de origem animal, desde que elas não sejam de sorovares específicos e de maior risco para a saúde humana. Nestes casos, a tolerância do serviço de inspeção federal é zero.

Embora a bactéria seja sensível à altas temperaturas, a professora da UFPR explica que ela possui uma alta capacidade de aderir a superfícies. “E quando ela adere, ela se esconde dos desinfetantes e dos produtos que a gente usa para limpeza, apresentando mais um mecanismo de defesa quando está aderida”, relata a pesquisadora.

Com isso, embora a forma mais comum de contaminação se dê pela ingestão de alimentos de origem animal, sobretudo aves, o uso de utensílios já contaminados, como tábuas de corte e facas também oferece risco.”Às vezes a mesma tábua que a pessoa cortou o frango ele usa para cortar tomate, alface, salada… O frango ele vai cozinhar, mas o alface, não”, explica.

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